As forças do Exército Nacional Líbio (LNA) de Khalifa Haftar, ex-militar do Exército de Gaddafi, disseram que 19 de seus soldados morreram nos últimos dias ao se aproximarem do governo internacionalmente reconhecido de Trípoli.
As forças do Exército Nacional Líbio (LNA) de Khalifa Haftar, ex-militar do Exército de Gaddafi, disseram que 19 de seus soldados morreram nos últimos dias ao se aproximarem do governo internacionalmente reconhecido de Trípoli.
Por Redação, com Reuters - de Trípoli
Forças do leste da Líbia tentavam abrir caminho até o centro de Trípoli nesta segunda-feira, depois de um avanço fácil pelo deserto que entrou em uma fase urbana mais difícil, à medida que as mortes e os deslocamentos forçados de moradores estão aumentando, apesar dos apelos ocidentais por uma trégua e a retomada de um plano de paz.
Membro das forças de Misrata prepara munição para combate em Trípoli
Novos combates na Líbia, dividida desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011, ameaçam interromper as remessas de petróleo e gás, desencadear mais migração para a Europa e arruinar as esperanças da Organização das Nações Unidas (ONU) por uma eleição nacional.
As forças do Exército Nacional Líbio (LNA) de Khalifa Haftar, ex-militar do Exército de Gaddafi, disseram que 19 de seus soldados morreram nos últimos dias ao se aproximarem do governo internacionalmente reconhecido de Trípoli.
A ONU disse que 2,8 mil pessoas foram deslocadas pelos confrontos e que muitas mais podem fugir, embora algumas estejam impossibilitadas de sair.
O LNA realizou ataques aéreos no sul da cidade, tentando avançar ao centro a partir de um aeroporto sem uso.
Mas o governo do primeiro-ministro, Fayez al-Serraj, está enviando grupos armados da vizinha Misrata para que ajudem a conter o LNA e relatou 11 mortes, sem dizer de qual lado.
Al-Serraj, de 59 anos, oriundo de uma família de empresários ricos, comanda o governo de Trípoli desde 2016, parte de um acordo mediado pela ONU e boicotado por Haftar.
O LNA, aliado de um governo paralelo situado em Benghazi, no leste, tomou conta do sul líbio rico em petróleo no início deste ano, depois de uma arremetida surpreendentemente rápida sobre a capital litorânea.
Embora o avanço tenha sido tranquilo em áreas pouco povoadas, tomar Trípoli é um desafio muito maior.
A violência inviabilizou um plano da ONU para uma conferência a ser realizada entre 14 e 16 de abril para preparar eleições e superar a anarquia que domina a Líbia desde a deposição de Gaddafi, liderada pelo Ocidente, oito anos atrás.
A União Europeia se uniu à ONU, aos Estados Unidos e ao G7 pedindo um cessar-fogo, a interrupção do avanço de Haftar e a retomada das negociações políticas.
Um contingente de forças dos EUA se retirou neste final de semana.
No domingo, a missão da ONU na Líbia pediu uma trégua de duas horas no sul de Trípoli para retirar civis e feridos, mas não parece ter sido atendida.