Queda de balão em Itacoatiara reacende debate sobre riscos e crimes ambientais ligados à prática, proibida por lei e ainda comum em cidades do Rio de Janeiro.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Um balão em chamas caiu sobre uma residência no bairro de Itacoatiara, na Região Oceânica de Niterói, na manhã deste domingo, provocando um incêndio no local. Apesar do susto e dos danos materiais, ninguém ficou ferido.
De acordo com moradores da região, as chamas começaram logo após o artefato tocar o telhado do imóvel. O fogo foi controlado rapidamente com a ajuda de vizinhos, evitando que se alastrasse. Ainda não há informações sobre a origem do balão nem sobre os responsáveis pelo lançamento.
Prática proibida e perigosa
Soltar balões é crime ambiental previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A pena pode chegar a três anos de prisão e multa para quem fabrica, transporta, vende ou solta balões que possam causar incêndios em florestas, áreas urbanas ou qualquer tipo de edificação.
No Estado do Rio, os casos costumam aumentar em períodos de tempo seco, principalmente entre maio e setembro, quando há menor umidade do ar. Além de incêndios em matas e residências, os balões representam risco para aeroportos e linhas de transmissão elétrica.
Ocorrências frequentes
De acordo com o Corpo de Bombeiros, só em 2024 foram registradas dezenas de ocorrências relacionadas a balões em diferentes regiões do estado. Em muitos casos, o fogo se alastra rapidamente e coloca em risco famílias inteiras, especialmente em áreas com construções próximas umas das outras.
O episódio deste sábado em Itacoatiara reacende o alerta das autoridades e reforça a necessidade de denúncias da população. Quem flagrar a prática pode acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 ou o Disque-Denúncia, pelo número 2253-1177.
A queda não deixou vítimas, mas serve como mais um lembrete de que a brincadeira — ainda cultivada por alguns grupos — segue sendo uma das causas recorrentes de incêndios urbanos no Estado.
