A companhia tem trabalhado mos últimos 17 anos em um projeto de pesquisa para criar um material e arquitetura para computação quântica e chegou ao processador Majorana 1.
Por Redação, com agências internacionais – de San Francisco, CA-EUA
Embora a Microsoft tenha divulgado, recentemente, ter feito um avanço fundamental na computação quântica ao desbloquear o potencial desses dispositivos para resolver problemas de escala industrial – e a criar o que está chamando de “quarto estado da matéria”, a realidade desses equipamentos ainda está muito distante do usuário comum.

A companhia tem trabalhado mos últimos 17 anos em um projeto de pesquisa para criar um material e arquitetura para computação quântica e chegou ao processador Majorana 1. Segundo analistas do setor, no entanto, precisará de mais uma década até embarcar a novidade nas máquinas comerciais.
Na computação clássica, usada em PCs e smartphones atuais, todas as informações são armazenas ou processadas na forma de bits – que são binários, representados por 0 ou 1. Porém, na quântica, os chamados qubits, ou bits quânticos, podem assumir inúmeros estados entre 0 e 1. Esse fenômeno se chama superposição e aumenta exponencialmente a quantidade de dados que podem ser processados ao mesmo tempo.
Partículas
Empresas com IBM, Microsoft e Google tentam tornar os qubits tão confiáveis quanto os bits binários há anos, isso porque eles são bem mais delicados e sensíveis a ruídos que podem criar erros ou perder informações.
O Majorana 1 deve potencialmente acomodar um milhão de qubits no mesmo chip, que não é muito maior do que as CPUs de PCs e servidores de desktop convencionais. A Microsoft não usa elétrons para o processamento desse novo chip, mas sim uma partícula Majorana que o físico Ettore Majorana descreveu em 1937.
A Microsoft afirma, agora, ter criado um novo estado da matéria em sua busca por uma máquina poderosa, que poderia acelerar o desenvolvimento de tudo, desde baterias a medicamentos e Inteligência Artificial (IA). A empresa alcançou este marco ao desenvolver o que chama de “primeiro topocondutor do mundo”, um novo tipo de material que além de observar, controla as partículas de Majorana para criar qubits confiáveis.