Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Autópsia de imigrante nigeriano morto na Itália aponta asfixia

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira pelo procurador de Macerata, Claudio Rastrelli. Ogorchukwu, 39 anos, foi assassinado na última sexta pelo operário italiano Filippo Ferlazzo, 32, após ter pedido esmola.

Quarta, 03 de Agosto de 2022 às 11:33, por: CdB

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira pelo procurador de Macerata, Claudio Rastrelli. Ogorchukwu, 39 anos, foi assassinado na última sexta pelo operário italiano Filippo Ferlazzo, 32, após ter pedido esmola.

Por Redação, com ANSA - de Roma

A autópsia de Alika Ogorchukwu, imigrante nigeriano brutalmente assassinado em Civitanova Marche, no centro da Itália, determinou que o óbito foi provocado por "asfixia violenta com concomitante choque hemorrágico interno".

imigrantenigeria.jpg
Alika Ogorchukwu foi brutalmente assassinado após pedir esmola

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira pelo procurador de Macerata, Claudio Rastrelli. Ogorchukwu, 39 anos, foi assassinado na última sexta pelo operário italiano Filippo Ferlazzo, 32, após ter pedido esmola.

De acordo com o inquérito, o agressor espancou Ogorchukwu com uma muleta e com as mãos e depois o sufocou. Um vídeo do crime mostra Ferlazzo imobilizando a vítima no chão, em plena luz do dia e sob os olhares de várias pessoas, sem que nenhuma interviesse para ajudar o nigeriano.

Ferlazzo foi preso sob as acusações de homicídio doloso agravado por motivos fúteis e roubo, já que levou embora o celular de Ogorchukwu. Ele pediu "desculpas" pelo assassinato, alegando que não agiu por razões "raciais" e que sofre de supostos problemas "psiquiátricos".

O crime provocou repúdio unânime entre os partidos italianos, que estão em campanha para as eleições antecipadas de 25 de setembro, nas quais a extrema direita anti-imigração é favorita à vitória.

O ex-premiê Enrico Letta, líder da legenda de centro-esquerda Partido Democrático (PD), anunciou que irá a Civitanova Marche no próximo sábado para o funeral de Ogorchukwu. "O assassinato de Alika foi um momento dramático na vida do país, e nossa comunidade deve responder unida", disse.

No mesmo dia, a cidade deve ter um protesto da comunidade nigeriana contra o racismo na Itália. "Seremos mais de 500 pessoas, chegarão compatriotas de Roma, Turim, Pescara e outros lugares", afirmou Nelson Ogbonna, um dos organizadores da manifestação.

Edições digital e impressa