O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que está mal colocado nas pesquisas para a eleição federal de maio, espera capitalizar a frustração crescente do eleitorado com os preços dos imóveis e a congestão, que alguns veem como uma consequência do crescimento populacional.
Por Redação, com Reuters - de Sydney
A Austrália reduziu nesta quarta-feira em 15 % a cota anual de imigrantes e proibiu alguns recém-chegados de morarem em suas maiores cidades por três anos visando amenizar a congestão urbana. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que está mal colocado nas pesquisas para a eleição federal de maio, espera capitalizar a frustração crescente do eleitorado com os preços dos imóveis e a congestão, que alguns veem como uma consequência do crescimento populacional. – Este é um problema prático que os australianos querem ver tratado – disse Morrison a repórteres na capital Canberra depois de anunciar que a acolhida anual de imigrantes será reduzida para 160 mil a partir de 1º de julho, anteriormente era de 190 mil. A alteração na diretriz chega em um momento de reflexão nacional sobre a atitude do país em relação aos imigrantes na esteira do assassinato a tiros de ao menos 50 pessoas em duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia. O australiano Brenton Tarrant, suposto supremacista branco de 28 anos, foi acusado das mortes no sábado depois que um atirador solitário abriu fogo nas duas mesquitas durante as orações de sexta-feira. Não existe um limite para a migração temporária, como a de estudantes com vistos provisórios, que são a maior parte dos imigrantes que vão à Austrália. O país emitiu 378.292 vistos de estudante no ano transcorrido até 30 de junho de 2018.