Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2025

Ato inter-religioso será realizado no quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia

O local do assassinato de Mãe Bernadete receberá lideranças do movimento popular, comunidades religiosas, sociedade civil organizada e representantes do poder público para construir um ato de amor e luta por justiça.

Quinta, 31 de Agosto de 2023 às 14:34, por: CdB

O local do assassinato de Mãe Bernadete receberá lideranças do movimento popular, comunidades religiosas, sociedade civil organizada e representantes do poder público para construir um ato de amor e luta por justiça.


Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília


Um ato inter-religioso será realizado na Associação Etno Muzanzu Quilombo de Pitanga dos Palmares, neste sábado, a partir das 10h, com o propósito de fortalecer as mobilizações por justiça para os assassinatos de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, e sua mãe, Maria Bernadete Pacífico.




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Organizações farão ato inter-religioso no quilombo Pitanga dos Palmares para cobrar justiça para as mortes de Mãe Bernadete e Binho do Quilombo

O local do assassinato de Mãe Bernadete receberá lideranças do movimento popular, comunidades religiosas, sociedade civil organizada e representantes do poder público para construir um ato de amor e luta por justiça. Os organizadores destacam a importância da força da ocupação do território, agora sagrado, sacralizado pelo ejé/sangue vertido em seu solo que se torna um símbolo de resistência, esperança e fortalece a crença de que o direito à vida sem medo, para todas as pessoas é possível.


A programação também terá um momento de partilha de alimento, uma refeição colaborativa construída por todos os presentes. Uma prática de fortalecimento que envolve conexões culturais, simbólicas e sagradas nas relações sociais do povo de religiões de matriz africana e para as comunidades tradicionais com os seus territórios.

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Violência


A Diretora Executiva de Koinonia, Ana Gualberto, destaca a importância do ato de comer para a população de religiões de matriz africana que significa honrar a ancestralidade e lutar pela própria existência dentro em um sistema capitalista e colonizador. “Ao partilharmos alimentos, partilhamos vida, prosperidade, saúde, amor. Em meio a tanta violência é preciso demonstrar o amor e fortalecer a comunidade. Este ato inter-religioso é para provar que a comunidade quilombola não está sozinha”, explica.


O ato está sendo organizado por Koinonia em parceria com a Rede de Mulheres Negras da Bahia, Coletivo Iya Akobiode, Coalizão Negra por Direitos e CESE, com o objetivo de exigir que o Estado haja com isonomia e reafirme o seu compromisso com o estado democrático de direito.






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