Ativista Vitaly Shishov ajudava compatriotas a fugir da perseguição do regime de Alexander Lukashenko, considerado o último ditador da Europa. Polícia investiga possível assassinato encenado como suicídio.
Por Redação, com DW - de Kiev
Um ativista de Belarus foi encontrado morto nesta terça-feira num parque de Kiev. Baseado na Ucrânia, Vitaly Shishov ajudava compatriotas a fugir da perseguição do regime de Alexander Lukashenko, considerado o último ditador da Europa. Shishov foi achado enforcado num parque perto de sua casa. O aparente suicídio, porém, é investigado pela polícia como possível assassinato. O ativista havia sido dado como desaparecido desde que, pela manhã, saíra para correr. "O quadro completo dos acontecimentos será confirmado após o interrogatório das testemunhas e da análise das gravações de vídeo, entre outras medidas", disse a polícia, que suspeita se tratar de um assassinato mascarado de suicídio. Líder da oposição em Belarus, Sviatlana Tsikhanouskaya denunciou que a morte de Shishov pode ser um crime e disse que aguarda a investigação para saber a verdade. – Eu prefiro esperar os resultados de uma investigação – disse Tsikhanouskaya, durante visita a Londres. "Eu diria que foi um crime, mas não posso dizê-lo sem nenhum resultado de investigação". Shishov era diretor da Casa Belarusa na Ucrânia, uma organização que passou a ajudar pessoas a escapar da repressão em Belarus após os protestos antigovernamentais do ano passado. Ele tinha 26 anos.