A organização não governamental afirma que as vítimas incluem 42 combatentes sírios pró-Irã e 26 estrangeiros, a maioria iraquianos do grupo Al Nujaba, mas também quatro membros do grupo libanês Hezbollah.
Por Redação, com CartaCapital – de Damasco
O balanço dos bombardeios israelenses de quarta-feira contra grupos pró-Irã na cidade de Palmira, centro da Síria, subiu para 68 mortos, segundo uma contagem atualizada da ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A organização não governamental afirma que as vítimas incluem 42 combatentes sírios pró-Irã e 26 estrangeiros, a maioria iraquianos do grupo Al Nujaba, mas também quatro membros do grupo libanês Hezbollah.
O balanço anterior do Ministério da Defesa da Síria registrava 36 mortes.
Faixa de Gaza
A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que 22 pessoas morreram durante a noite em um bombardeio israelense na Cidade de Gaza. Fontes médicas relataram dezenas de mortes em outro ataque noturno na Zona Norte do território.
– Confirmamos que 22 mártires foram levados (para hospitais) após um bombardeio contra uma casa (…) em Sheikh Radwan, bairro da Cidade de Gaza – declarou à agência francesa de notícias AFP Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil.
Outro ataque, que ocorreu por volta da meia-noite (19H00 de Brasília, quarta-feira) na área de Beit Lahia e Jabalya, matou dezenas de pessoas, segundo fontes médicas.
Hezbollah rejeita qualquer cessar-fogo com Israel que viole a ‘soberania’ do Líbano
O líder do Hezbollah descartou, na quarta-feira, qualquer cessar-fogo que viole a “soberania” do Líbano, depois de Israel ter indicado que mesmo com o fim das hostilidades pretendia preservar a sua “liberdade de ação” contra o movimento islamista pró-iraniano.
Israel não pode “impor as suas condições”, afirmou o líder do Hezbollah, Naim Qassem, em um discurso gravado transmitido nesta quarta-feira, no qual rejeitou uma trégua que viole “a soberania” do Líbano e ameaçou atacar Tel Aviv.
– Israel não pode nos derrotar nem pode impor as suas condições – reiterou, sublinhando que “o inimigo israelense não pode penetrar quando quiser” no território libanês.
Israel “atacou o coração da capital, Beirute, por isso deve esperar por uma resposta no centro de Tel Aviv”, acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, por sua vez, afirmou que qualquer acordo de cessar-fogo no Líbano deve preservar a “liberdade de ação” de Israel para atacar o Hezbollah.
– Em qualquer acordo que chegarmos, teremos que manter a liberdade de ação em caso de violações do cessar-fogo – disse Saar aos embaixadores estrangeiros antes da chegada do enviado dos EUA Amos Hochstein para discutir uma trégua.
Hochstein reuniu-se na terça e quarta-feira com o presidente libanês, Nabih Berri, que atua como intermediário com o Hezbollah, para discutir o plano de cessar-fogo dos EUA apresentado na semana passada aos líderes do país.
– Fizemos progressos adicionais (…) – disse Hochstein após a reunião desta quarta-feira com Berri. “Irei a Israel dentro de algumas horas para tentar concluir isso”, acrescentou.