Chamas tomaram reservatório de combustível em porto da Crimeia ocupada pelos russos. Ataque foi registrado um dia depois de bombardeios atingirem várias cidades.
Por Redação, com DW - de Kiev
Um ataque com um drone provocou neste sábado um incêndio num reservatório de combustível no porto de Sebastopol, a base da frota russa do Mar Negro na península ocupada da Crimeia.
– Segundo dados preliminares, o incêndio foi provocado pelo impacto de um drone – disse neste sábado o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, num comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial RIA Novosti.
O fogo se espalhou por uma área de quase mil metros quadrados e foi posteriormente controlado pelos serviços de emergência.
Segundo as autoridades russas de ocupação, o ataque danificou o combustível em quatro tanques, mas não afetou o abastecimento de combustível à cidade, que foi anexada pela Rússia em 2014, tal como o resto da península do Mar Negro.
Mikhail Razvozhaev acrescentou que o ataque não causou feridos nem representou qualquer perigo para as infraestruturas civis na zona. Nos últimos meses, as autoridades russas têm relatado numerosos ataques ucranianos na península, principalmente com drones de assalto.
O ataque ocorre um dia após uma série de bombardeios russos a alvos civis em cidades ucranianas. Um novo balanço das autoridades ucranianas divulgado neste sábado apontou que subiu para 25 o número de mortos nos ataques da véspera.
– Todo ataque, todo ato perverso contra nosso país e nosso povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição – reagiu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Telegram, exigindo uma "resposta" internacional ao "terror russo".
Ofensiva de primavera
Ainda neste sábado, as autoridades ucranianas afirmaram que estão prontas para iniciar uma ofensiva durante a primavera europeia contra as forças russas.
– Os preparativos estão a chegando ao fim – disse o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, sobre o ataque que o país quer lançar para reconquistar os territórios ocupados no leste e no sul pela Rússia.
– O equipamento foi prometido, preparado e parcialmente entregue. Em sentido amplo, estamos prontos – disse em coletiva de imprensa, concluindo: "Quando Deus quiser, [quando houver] o tempo e a decisão dos comandantes, nós o faremos".
No entanto, Reznikov acrescentou que os potentes tanques Abrams prometidos pelos Estados Unidos "não chegarão a tempo para participar desta contraofensiva", pois sua entrega à Ucrânia só deve acontecer no final de 2023.