Conforme relato das autoridades, o ataque começou em bases de militares do Exército e o grupo criminoso seguiu invadindo casas de civis e matando os moradores a esmo. A região é dominada por grupos terroristas islâmicos e milícias jihadistas, mas ainda nenhum deles assumiu a autoria dos ataques.
Por Redação, com agências internacionais - de Solhan, Burkina Faso
Um ataque ainda sem autoria deixou mais de 100 mortos na cidade de Solhan, norte de Burkina Faso, entre a noite desta sexta-feira e a madrugada deste sábado, confirmou o governo do país. Trata-se da ação mais violenta registrada desde 2015.
Conforme relato das autoridades, o ataque começou em bases de militares do Exército e o grupo criminoso seguiu invadindo casas de civis e matando os moradores a esmo. A região é dominada por grupos terroristas islâmicos e milícias jihadistas, mas ainda nenhum deles assumiu a autoria dos ataques.
Violência
A cidade de Solhan fica a cerca de 15 quilômetros de Sebba, a capital da província de Yagha, e não muito distante da fronteira com o Mali. A ação foi a maior, mas não a única nas últimas semanas. Pequenos ataques estavam sendo realizados, com uma média de 15 mortes, em cidades próximas, mesmo com a atuação reforçada do Exército do país.
Como forma de homenagear as vítimas, o governo de Burkina Faso decretou 72 horas de luto nacional. O país vive uma espiral de violência desde 2015 por conta da atuação dos jihadistas e, conforme dados das Nações Unidas, mais de 1,2 milhão de moradores perderam suas residências por conta do conflito. Só em 2019, foram contabilizadas mais de 1,8 mil mortes em ataques.