Em nosso sistema solar, os maiores planetas rochosos são a Terra e Vênus. Os menores planetas gasosos são Urano e Netuno, com massas 14,5 e 17,1 vezes maiores que a da Terra, respectivamente.
Por Redação, com Europa Press – de Washington
Uma nova super-Terra, orbitando uma estrela um pouco mais fria que o nosso Sol a 218 anos-luz de distância, tem características físicas na zona de transição entre planetas rochosos e gasosos.

A descoberta do TOI-512 b foi feita por meio da combinação de dados do telescópio espacial TESS da Nasa e do espectrógrafo ESPRESSO, considerado o mais preciso do mundo, instalado no Very Large Telescope (VLT) do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile.
Em nosso sistema solar, os maiores planetas rochosos são a Terra e Vênus. Os menores planetas gasosos são Urano e Netuno, com massas 14,5 e 17,1 vezes maiores que a da Terra, respectivamente. Não há nenhum planeta com massa entre a da Terra e a de Urano. Entretanto, a análise da população de exoplanetas mostra que os planetas com massas entre três e 10 vezes a da Terra estão entre os mais abundantes em nossa galáxia. Devido à falta de conhecimento sobre sua verdadeira natureza, nós os chamamos de super-Terras quando sua densidade é próxima à da Terra (provavelmente são rochosos), ou minineptunos quando sua densidade é próxima à de Netuno (provavelmente são gasosos).
Super-Terra
Um cubo de um cm de material TOI-512 b pesa 5,62 gramas, próximo ao peso da Terra (5,51 gramas). Trata-se, portanto, de uma super-Terra, com uma massa 3,5 vezes maior que a da Terra e um raio 1,5 vezes maior. Ele orbita sua estrela do tipo K, que é ligeiramente mais fria (5 mil graus Celsius) do que o nosso Sol, em pouco mais de sete dias terrestres. Essas características físicas colocam o TOI-512 b na zona de transição entre planetas rochosos e gasosos entre a população de exoplanetas.
– A precisão do ESPRESSO foi crucial na caracterização da composição do TOI-512 b. É uma pequena adição à já longa lista de planetas conhecidos, mas essas descobertas são essenciais para melhorar nossa compreensão dos mecanismos de formação e evolução dos planetas. Muitas outras serão necessárias para transformar nossas hipóteses em certezas científicas – conclui José Rodrigues, estudante de doutorado do Instituto de Astrofísica do Porto e primeiro autor da descoberta, em um comunicado.