Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Assessor de Erdogan rejeita versão saudita para morte de jornalista

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Segunda, 22 de Outubro de 2018 às 09:26, por: CdB

Khashoggi, colunista do jornal Washington Post e crítico do poderoso príncipe herdeiro saudita, desapareceu três semanas atrás depois de entrar no consulado saudita em Istambul para obter documentos para se casar.

Por Redação, com Reuters - de Istambul

Um conselheiro do presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, rejeitou nesta segunda-feira a afirmação do governo da Arábia Saudita de que Jamal Khashoggi morreu durante uma briga, insinuando que Riad “zombou” da opinião mundial, enquanto aumentava a incredulidade ocidental diante das várias versões sauditas para a morte do jornalista.
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Bandeira da Arábia Saudita no consulado do país em Istambul
Khashoggi, colunista do jornal Washington Post e crítico do poderoso príncipe herdeiro saudita, desapareceu três semanas atrás depois de entrar no consulado saudita em Istambul para obter documentos para se casar. A reação de Riad desde então, inicialmente negando conhecimento do fato para depois dizer que ele morreu durante uma briga no consulado, deixou vários governos ocidentais incrédulos e tensionou as relações do Ocidente com o maior exportador de petróleo do mundo. No domingo, o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse que Khashoggi morreu em uma “operação clandestina”, mas alguns de seus comentários pareceram contradizer declarações anteriores de Riad, representando mais uma mudança na história oficial. Um grupo de países, incluindo Alemanha, Reino Unido, França e Turquia, pressionou a Arábia Saudita para que apresente fatos, e a chanceler Angela Merkel disse que Berlim não exportará armas ao reino enquanto persistir qualquer incerteza a respeito do destino de Khashoggi. – É impossível não se perguntar como pode ter havido uma ‘troca de socos’ entre 15 combatentes jovens especializados... e Khashoggi, de 60 anos, sozinho e impotente – escreveu Yasin Aktay, conselheiro do presidente turco e amigo de Khashoggi, no jornal pró-governo Yeni Safak. – O argumento da ‘troca de socos’ para a morte de Khashoggi é um cenário montado às pressas agora que ficou claro que os detalhes do incidente virão à tona em breve – escreveu Aktay. “Quanto mais se pensa nisso, mais parece que se está zombando da nossa inteligência”. Erdogan disse que divulgará informações sobre a investigação de seu país em um discurso na terça-feira. Autoridades da Turquia suspeitam que Khashoggi foi assassinado dentro do consulado e que seu corpo foi retalhado. Fontes turcas dizem que as autoridades têm uma gravação de áudio que supostamente documenta o assassinato do jornalista de 59 anos. Para os aliados da Arábia Saudita, a questão será se acreditam que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que se apresenta como um reformista, tem alguma culpa. O rei Salman, de 82 anos, deixou a seu cargo a administração cotidiana do reino.

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