Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Assange poderá recorrer de extradição aos EUA no Supremo

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Segunda, 24 de Janeiro de 2022 às 08:46, por: CdB

O Departamento de Justiça estadunidense acusa Assange de publicar informações confidenciais e utiliza, inclusive, sua Lei da Espionagem criada durante a Primeira Guerra Mundial para fazer seu caso nos tribunais.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Londres

A Alta Corte de Londres decidiu nesta segunda-feira que Julian Assange poderá fazer uma apelação à Suprema Corte britânica sobre sua possível extradição para os Estados Unidos. O novo desdobramento no caso do fundador do Wikileaks adia em algumas semanas, ou meses, a decisão sobre sua possível transferência para os EUA, onde enfrenta supostas acusações que poderiam colocá-lo por 175 anos atrás das grades.
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Stella Moris, companheira de Assange e mãe de dois filhos seus, disse que a decisão da Alta Corte de Londres representa uma vitória
O Departamento de Justiça estadunidense acusa Assange de publicar informações confidenciais e utiliza, inclusive, sua Lei da Espionagem criada durante a Primeira Guerra Mundial para fazer seu caso nos tribunais. As informações publicadas pelo WikiLeaks expõem possíveis crimes de guerra dos EUA em suas intervenções no Iraque e no Afeganistão. O fundador do Wikileaks está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, perto de Londres, desde abril de 2019 após o Equador revogar sua permanência em sua embaixada britânica. Assange ganhou uma primeira decisão judicial em janeiro de 2021 para não ser extraditado aos Estados Unidos. Todavia, Washington recorreu e obteve decisão favorável em dezembro, abrindo caminho para uma possível extradição. A íntegra da decisão que permitiu levar o caso do fundador do WikiLeaks para a Suprema Corte britânica pode ser conferida neste link (em inglês). Stella Moris, companheira de Assange e mãe de dois filhos seus, disse que a decisão da Alta Corte de Londres representa uma vitória, mas ressaltou que "a luta continua até que Julian esteja livre".

Acusações

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas destacou que a extradição de Assange aos EUA representaria "um precedente legal profundamente prejudicial que permitiria a acusação de repórteres por atividades de coleta de notícias" e pediu que os EUA retirem as acusações. As autoridades estadunidenses apresentaram o pedido de extradição do fundador do WikiLeaks durante o mandato do então presidente Donald Trump e a batalha legal continua agora com a Casa Branca sob as ordens de Joe Biden.
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