São 13 obras (11 pinturas em papel craft e telha de amianto, além de duas instalações) definidas por ele como crônicas sociais, pois trazem imagens do cotidiano no subúrbio carioca. Trem, telhas, caixas d’água, tijolos, fios, o “corre” e os riscos em geral.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
Um artista plástico nascido e criado na Baixada Fluminense, atualmente radicado na Zona Norte do Rio. O grafiteiro Ramon Lid completa 19 anos de carreira estreando a primeira exposição individual, “No corre dos riscos”, no Espaço Sérgio Porto, equipamento mantido pela Secretaria Municipal de Cultura no Humaitá, Zona Sul da cidade.

São 13 obras (11 pinturas em papel craft e telha de amianto, além de duas instalações) definidas por ele como crônicas sociais, pois trazem imagens do cotidiano no subúrbio carioca. Trem, telhas, caixas d’água, tijolos, fios, o “corre” e os riscos em geral. Tudo isso e muito mais serviu de cenário para a pesquisa etnográfica realizada pelo artista, que também atua como designer gráfico.
– Meu trabalho reflete os fragmentos do cotidiano, traduzidos de forma figurativa para transmitir esses sentimentos de vivências de quem está no corre, e muitos deles eu me incluo com a rotina de trabalho, ou questões diretamente ligados ao social. Meu primeiro contato com o spray foi em 2002, através de uma breve passagem pela pixação. Em 2004, conheci o grafite, o que mudaria totalmente minha percepção de mundo. Ali eu me encontrei, em um mundo que pude aplicar os desenhos que sempre pratiquei dos meus 10 aos 13 anos, meio que na curiosidade e hoje observando que ali já era autodidata – disse o artista.
A escolha por produções em papel craft tem relação direta com sua mãe, costureira, que utilizava o material para modelagem. A proximidade com a escrita de rua, seja pela pixação ou murais, traduzem em um jogo imagético as questões territoriais que o atravessam.
Além da exposição, haverá eventos interativos, como roda de conversa com o artista e convidados nos dias 10 e 24/9 (16h), além de visitação guiada com estudantes dias 13 e 20/9 (15h). A mostra fica em cartaz até 1º/10, a visitação é gratuita, de quarta a domingo, das 16h às 21h.
Espaço Cultural Sérgio Porto
Rua Visconde de Silva, ao lado do nº 292, Humaitá. Visitação de quarta a domingo, das 16h às 21h. Até 1º/10.
Roda de conversa com o artista + convidados
Dias 10 e 24 (domingos), às 16h
Visita guiada com estudantes
Dias 13 e 20 (quartas), às 15h
Óperas são destaque do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
O Festival Oficina da Ópera irá oferecer, no mês de setembro, o atrativo do canto lírico ao público, em algumas apresentações com preços populares. O evento também tem o objetivo de formar equipes de profissionais culturais.
O Theatro Municipal vai apresentar as obras O Caixeiro da Taverna, de Guilherme Bernstein, com regência do próprio compositor nos dias 11 e 12 de setembro. A montagem Pagliacci será exibida em 15 e 17 de setembro, com coro e orquestra do Municipal e solistas convidados.
A opereta radiofônica O Sonho de Edgard, A Invenção do Rádio, de Adriano Pinheiro, será encenada nos dias 13 e 14 de setembro. Essa é uma parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O espetáculo leva ao público a vida de Edgard Roquette Pinto e o surgimento da Rádio MEC, hoje emissora da EBC. A história mostra como a Rádio MEC influenciou a sociedade, costumes, tendências e modismos, disseminando conhecimento e cultura pelo Rio de Janeiro e pelo Brasil.
– É uma produção criativa e coletiva entre a Rádio MEC e o Theatro, e vai ser transmitida pela emissora no dia 13 de setembro. A história da rádio, como ela foi a primeira do Brasil, consequentemente é a história do rádio brasileiro – conta Thiago Regotto, gerente-executivo das Rádios EBC, lembrando que a emissora completou 100 anos em 2023.
Democratização
O Festival Oficina da Ópera aposta na democratização da música clássica, concertos e apresentações eruditas. Duas das três obras estão incluídas no programa Municipal ao Meio-Dia, que propicia exibições a partir de R$ 2. As demais apresentações têm ingressos que variam de R$ 15 a R$ 60.
– Damos mais um passo rumo à democratização do Theatro Municipal, trazendo um público ainda mais amplo para conhecer nossos espetáculos – diz Clara Paulino, presidente da Fundação responsável pelo Municipal.
Outra característica do festival é o programa elaborado com o objetivo de formar equipes criativas do setor no Rio de Janeiro, dando ênfase ao trabalho de jovens diretores cênicos.
– Jovens figurinistas, cenógrafos, iluminadores, três jovens diretores cênicos produzindo juntamente com a orientação de grandes profissionais da casa, pessoas experientes – explica Eric Herrero, diretor artístico do Municipal.
A programação completa do Festival Oficina da Ópera e das apresentações até o fim do ano está no site do Theatro Municipal (theatromunicipal.rj.gov.br). O palácio histórico fica na Praça Floriano, s/nº, Centro, Rio de Janeiro.