O Irã, no entanto, voltou a negar envolvimento nos ataques de 14 de setembro às instalações de petróleo, incluindo a maior refinaria do mundo.
Por Redação, com Reuters - de Jidá/Dubai
A Arábia Saudita disse que vai apresentar provas nesta quarta-feira ligando o rival regional Irã a um ataque sem precedentes à indústria petrolífera saudita, que os Estados Unidos disseram acreditar ter partido do território iraniano, em uma perigosa escalada de atritos no Oriente Médio.
O Irã, no entanto, voltou a negar envolvimento nos ataques de 14 de setembro às instalações de petróleo, incluindo a maior refinaria do mundo, que inicialmente interromperam metade da produção saudita.
– Eles querem impor... pressão máxima sobre o Irã por meio de calúnias – disse o presidente do Irã, Hassan Rouhani, de acordo com a mídia estatal. “Não queremos conflitos na região... Quem iniciou o conflito?”, disse ele, culpando o governo dos EUA e seus aliados no Golfo Pérsico pela guerra no Iêmen.
O movimento houthi do Iêmen, um aliado do Irã que luta contra uma coalizão liderada pela Arábia Saudita há mais de quatro anos, assumiu a responsabilidade pelo ataque e disse que usou drones para atingir as instalações da empresa estatal saudita Aramco.
Defesa da Arábia Saudita
No entanto, o Ministério da Defesa da Arábia Saudita disse que realizará uma entrevista coletiva nesta quarta-feira para apresentar “evidências materiais e armas iranianas que provam o envolvimento do regime iraniano no ataque terrorista”.
Provas concretas mostrando a responsabilidade iraniana, se tornadas públicas, podem pressionar Arábia Saudita e EUA a darem uma resposta, embora ambas as nações tenham enfatizado a necessidade de cautela.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não quer guerra, afirmando que “não há pressa” para retaliar e que está em coordenação com países do Golfo e da Europa.
Uma autoridade dos EUA disse à agência inglesa de notícias Reuters na terça-feira que os ataques se originaram no sudoeste do Irã. Três funcionários do governo dos EUA disseram que a ação envolveu mísseis de cruzeiro e drones, indicando um maior grau de complexidade e sofisticação do que se pensava inicialmente.
EUA
As autoridades dos EUA, no entanto, não forneceram evidências ou explicaram quais informações estavam usando para avaliar o ataque, que cortou 5% da produção global de petróleo.
A Arábia Saudita, maior exportadora mundial de petróleo, disse na terça-feira que os 5,7 milhões de barris por dia de produção perdidos devido ao ataque serão totalmente restaurados até o final do mês.
Os preços do petróleo caíram após as garantias sauditas de retomada da produção, depois de terem chegado a subir mais de 20% na segunda-feira, o maior salto intradia desde a Guerra do Golfo de 1990-91.