Além de descartar o novo feed em tela cheia, a rede social também decidiu reduzir o novo recurso "Recomendações" e a quantidade de conteúdo recomendado aos usuários, ao menos em um primeiro momento.
Por Redação, com Tecnoblog - de São Francisco
Seguindo uma chuva de reclamações de usuários, o Instagram voltou atrás com algumas mudanças recentes no aplicativo para competir com o TikTok. Em junho, a plataforma começou a testar um novo feed em tela cheia para fotos e vídeos e um modelo de recomendação de conteúdo. No entanto, Adam Mosseri, CEO da rede social, afirmou que não seguirá com o feed, encerrando os testes nas próximas semanas. Ao Platformer, Mosseri disse que os novos designs de feed não deram bons resultados ao analisar os dados de uso. Além disso, o executivo reconheceu que "as pessoas estão frustradas". Por isso, ele concluiu que o Instagram precisa "dar um grande passo para trás", reagrupar e descobrir como a plataforma quer seguir em frente. Por isso, esse teste será encerrado em breve. Além de descartar o novo feed em tela cheia, a rede social também decidiu reduzir o novo recurso "Recomendações" e a quantidade de conteúdo recomendado aos usuários, ao menos em um primeiro momento. Segundo Mosseri, a funcionalidade deveria "ser ótima" ao mostrar conteúdo de contas não seguidas, mas parece que os usuários não estão felizes o suficiente com o que está aparecendo para eles.Mudanças após críticas de famosos
Na terça-feira, Mosseri publicou um vídeo em suas redes sociais e compartilhou alguns posts no Twitter falando sobre as recentes mudanças no Instagram. O pronunciamento ocorreu logo após celebridades como Kylie Jenner e Kim Kardashian criticarem a plataforma por "tentar ser o TikTok", impulsionando a hashtag "Make Instagram Instagram Again" ("faça do Instagram o Instagram novamente", em tradução livre).
No início da semana, o CEO da plataforma reconheceu que o novo design em tela cheia "ainda não estava bom" e que o Instagram precisava melhorá-lo antes de lançar o recurso para todos os usuários. Mesmo assim, Mosseri defendeu o novo foco em vídeos que a rede social está adotando e reafirmou que é isso que as pessoas mais consomem hoje em dia.
No vídeo, o executivo também tentou justificar as recomendações na plataforma, argumentando que é um recurso importante para ajudar criadores de conteúdo, "especialmente os pequenos". Ele destacou que, caso não queira ver fotos e vídeos de contas que você não segue, é possível desativar completamente a função por até um mês.
Meta
Na última quarta-feira, a Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, apresentou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2022. Os números não foram tão bons e a empresa apresentou sua primeira queda na receita trimestral desde que abriu seu capital em 2012.
Em teleconferência sobre os resultados, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que cerca de 15% das postagens vistas por usuários do Facebook são recomendadas por algoritmo, e que esse percentual é ainda maior no Instagram. Ele também disse que espera que o volume de posts recomendados dobre em 2023.
A companhia de Zuckerberg e suas plataformas são acusadas de tentar copiar o TikTok para conseguir competir com a gigante chinesa ByteDance. Diante do claro descontentamento dos usuários, ao menos o Instagram decidiu dar um passo para trás e rever sua estratégia. Mesmo assim, Mosseri já deixou bem claro que o futuro da plataforma está nos vídeos.