Em sua queixa contra a Amazon.com, apresentada no Estado de Washington, a FTC disse que a empresa violou as regras de proteção à privacidade das crianças e as regras contra enganar os consumidores que utilizam a Alexa.
Por Redação, com Reuters - de Washington
A Amazon.com e uma subsidiária chegaram a acordos separados de milhões de dólares com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) na quarta-feira relacionados a violações de privacidade de crianças que usam sua assistente de voz Alexa e donos de residências que usam sua câmera de campainha Ring.
A Amazon concordou em pagar US$ 25 milhões para resolver as acusações de que violou os direitos de privacidade das crianças ao não excluir as gravações da Alexa a pedido dos pais e ao mantê-las guardadas por mais tempo do que o necessário, segundo um processo judicial em um tribunal federal de Seattle.
"Embora discordemos das alegações da FTC em relação à Alexa e à Ring e neguemos a violação da lei, esses acordos deixaram essas questões para trás", disse a Amazon.com em comunicado.
A empresa também se comprometeu a fazer algumas mudanças em suas práticas.
Manuseio incorreto dos vídeos dos clientes
A Ring pagará US$ 5,8 milhões pelo manuseio incorreto dos vídeos dos clientes, de acordo com um processo separado no tribunal federal do Distrito de Columbia.
Em sua queixa contra a Amazon.com, apresentada no Estado de Washington, a FTC disse que a empresa violou as regras de proteção à privacidade das crianças e as regras contra enganar os consumidores que utilizam a Alexa. Por exemplo, a reclamação da comissão afirma que a Amazon informou aos usuários que apagaria transcrições de voz e informações de localização mediante solicitação, mas não o fez.
A instituição também disse que a Ring concedeu aos funcionários acesso irrestrito aos dados de vídeo confidenciais dos clientes e disse que "como resultado desse acesso excessivamente amplo e atitude negligente em relação à privacidade e segurança, funcionários e prestadores de serviços terceirizados puderam visualizar, baixar e transferir dados de vídeo sensíveis dos clientes para seus próprios fins".