Levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos, com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostrou nesta terça-feira que o fluxo de passageiros em aeroportos nacionais aumentou 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por Redação – de Brasília
Aviões lotados e aeroportos tomados por um número inédito de viajantes, a ponto de se assemelhar às maiores rodoviárias do país. Esse é o quadro do transporte aéreo no Brasil, hoje, com o registro de um forte crescimento no terceiro trimestre deste ano.

Levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos, com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostrou nesta terça-feira que o fluxo de passageiros em aeroportos nacionais aumentou 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado, representando um acréscimo de 2,6 milhões de pessoas em trânsito.
Desempenho
Entre julho e setembro deste ano, segundo o relatório da Anac, 33,6 milhões de pessoas viajaram de avião em rotas domésticas e internacionais, melhor terceiro trimestre de toda a série histórica do setor.
— Se continuarmos nesse ritmo de crescimento vamos bater novo recorde anual de passageiros em voos domésticos e internacionais — previu o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em conversa com jornalistas nesta manhã.
fA aviação civil brasileira, segundo o relatório da Anac, acumula em 2025 uma alta de 9,5%. Mantido esse desempenho até dezembro, o país deve encerrar o ano com aproximadamente 130 milhões de passageiros transportados, o que configuraria um marco inédito na história do setor.
Indústria
Ao mesmo tempo em que aumenta o fluxo de passageiros, nos voos domésticos e internacionais, a indústria também apresenta sinais de crescimento. Nesta manhã, a Embraer divulgou dados sobre o recorde batido também no terceiro trimestre deste ano em sua carteira de pedidos, que atingiu US$ 31,3 bilhões.
A marca consolida o aumento da demanda global por aeronaves com o avanço de 38% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5% em comparação ao trimestre anterior, consolidando o melhor resultado da história da fabricante brasileira.
De julho a setembro, a Embraer entregou 62 aeronaves, superando as 59 do mesmo trimestre do ano passado. A performance foi sustentada pelo bom desempenho tanto na aviação comercial quanto na executiva, segmentos que vêm liderando a expansão da companhia.
Contratos
A divisão comercial registrou uma carteira de pedidos de US$ 15,2 bilhões, a mais alta em quase uma década. O índice de encomendas para faturamento ficou 2,7 vezes maior nos últimos 12 meses, indicador que reflete forte entrada de novos pedidos em relação às entregas.
Entre os contratos firmados no trimestre, destacam-se 50 jatos E195-E2 para a norte-americana Avelo Airlines, com opção de compra de outras 50 unidades; além de 24 aeronaves para o Grupo LATAM, que também assegurou direito de opção sobre mais 50 aviões.
A fabricante confirmou, ainda, entregas para clientes como Porter, Azorra, Aircastle e a companhia aérea Mexicana. Para o quarto trimestre, a expectativa é incorporar mais 30 pedidos firmes da empresa de leasing TrueNoord, fortalecendo ainda mais o programa E2, já consolidado como motor de crescimento nas Américas.