Em geral, os adolescentes acreditam que as redes sociais têm um efeito mais negativo sobre outras pessoas da mesma idade (48%), mas não tanto sobre eles mesmos (14%).
Por Redação, com Europa Press – de Madri
As redes sociais têm um impacto sobre o bem-estar dos adolescentes, algo que eles e seus pais reconhecem, embora não da mesma forma, pois os adultos tendem a considerar maior sua influência negativa sobre a saúde mental dos filhos, e estes últimos até mesmo as consideram mais prejudiciais para outras pessoas da mesma idade e não tanto para si mesmos.

Cerca de 55% dos pais afirmam estar “muito preocupados” com a saúde mental dos adolescentes, e 34% afirmam estar um pouco preocupados, em comparação com 77% dos jovens de 13 a 17 anos que afirmam estar um pouco ou muito preocupados com essa questão.
Dos 89% dos adultos, 44% acreditam que os sites de redes sociais têm o impacto mais negativo sobre a saúde mental dos adolescentes, à frente da tecnologia em geral (14%) e do bullying (9%).
A mídia social também lidera a classificação para os adolescentes, embora em menor grau, com apenas 22% acreditando que ela tem o maior impacto negativo, à frente do bullying (17%) e das pressões e expectativas (16%).
Esses dados estão contidos em uma recente pesquisa do Pew Research Center sobre as percepções de pais e adolescentes nos Estados Unidos sobre a relação entre saúde mental e mídia social.
A mídia social também é vista como um recurso para a saúde mental e, de fato, 34% dos adolescentes recorrem a ela para obter informações sobre esse tópico, sendo que 63% até a consideram uma forma importante de obter informações.
Efeito negativo, mas sobre os outros
Em geral, os adolescentes acreditam que as redes sociais têm um efeito mais negativo sobre outras pessoas da mesma idade (48%), mas não tanto sobre eles mesmos (14%). Por outro lado, 28% acreditam que elas têm um impacto positivo sobre si mesmos, em comparação com 11% que reconhecem esse efeito sobre os outros.
Em termos de experiência, as redes sociais têm um impacto negativo sobre o descanso (45%) e a produtividade (40%), mas ajudam as amizades (30%) e aumentam a confiança (19%).
Eles também destacam aspectos negativos, como o excesso de drama nas mídias sociais (39%), a pressão para publicar conteúdo de que gostam (31%) e o fato de serem deixados de fora de suas amizades (31%); e aspectos positivos, como estar conectado ao que está acontecendo na vida de seus amigos (74%) ou poder mostrar sua criatividade (63%).
Quarenta e cinco por cento dos adolescentes também acreditam que passam muito tempo nas mídias sociais, uma percepção que aumentou 27% em relação a 2023. Quarenta e quatro por cento afirmam ter reduzido o tempo gasto nessas plataformas, a mesma porcentagem que também reduziu o tempo gasto em telefones celulares.