Para abandonar sua candidatura, Brito, após conversar com Motta, negociou a ocupação de postos políticos na Câmara. Parlamentar da sigla que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais deste ano, Brito teria pedido que seja respeitada no próximo ano, a proporcionalidade partidária.
Por Redação – de Brasília
Com a renúncia do deputado Antônio Brito (PSD-BA) e o anúncio do apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, ficou com a última palavra para a sucessão que ocorrerá em fevereiro do ano que vem. Ao conseguir que Motta seja aceito pela ampla maioria da Casa, Lira deixa cargo cotado para um assento na Esplanada dos Ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para abandonar sua candidatura, Brito, após conversar com Motta, negociou a ocupação de postos políticos na Câmara. Parlamentar da sigla que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais deste ano, Brito teria pedido que seja respeitada no próximo ano, a proporcionalidade partidária na divisão dos espaços de comando da Casa e na distribuição de relatorias de projetos.
Cargos
O PSD ocupa atualmente a Primeira Suplência e a Presidência da Corregedoria e da Ouvidoria da Câmara; além da Terceira Secretaria. Também preside as Comissões de Minas e Energia e Turismo da Casa.
Com a saída de Brito do confronto, a disputa conta agora apenas com os nomes de Motta e do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), cuja desistência também é esperada nos bastidores há alguns dias. O parlamentar tem intensificado as tratativas com Motta, entre outros líderes, para acordar os termos da renúncia. Até o momento, o parlamentar do Republicanos conta com o apoio formal de mais de dez partidos, incluindo PDT, PSB, PSDB, Cidadania, PL, PP, MDB, PT, Podemos, PV e PCdoB; além de sua própria sigla.
A eleição para a Presidência da Câmara ocorre a cada dois anos, logo após a abertura do ano legislativo.