Informações obtidas por meio de mensagens do ex-ajudante de ordens Mauro Cid sugerem que Jair Bolsonaro esteve diretamente envolvido na redação de um decreto que visava convocar novas eleições, parte de um plano maior para impedir a posse de Lula.
Por Redação – de Brasília
Diante da ligação apontada pela ‘Operação Contragolpe’, da Polícia Federal (PF), entre o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) e uma organização criminosa composta por militares, acusada de planejar o assassinato de autoridades e a implantação de uma ditadura no Brasil, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), conhecido como ’01’, disse nas redes sociais que ‘pensar em matar alguém não é crime’, numa tentativa de minimizar a gravidade dos fatos.
’01′ questionou, em mensagem pública, a narrativa apresentada pela imprensa e pelas autoridades policiais. “Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de cinco pessoas tinha um plano para matar autoridades e, na sequência, eles criariam um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime”, desconversa o parlamentar.
O senador menciona, ainda, o Projeto de Lei de sua autoria, que busca criminalizar atos preparatórios de crimes que envolvam lesão ou morte de três ou mais pessoas.
— Hoje isso simplesmente não é crime — disse.
Plano maior
Informações obtidas por meio de mensagens do ex-ajudante de ordens Mauro Cid sugerem que Jair Bolsonaro esteve diretamente envolvido na redação de um decreto que visava convocar novas eleições, parte de um plano maior para impedir a posse de Lula.
Além disso, o grupo investigado teria se reunido para planejar os ataques e articulado apoio militar, incluindo reuniões com generais de alta patente. O financiamento de manifestantes golpistas e o levantamento de recursos bélicos também estão sob investigação.