Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2025

Estudo identifica contaminação por agrotóxicos em águas pluviais

Estudo revela presença de agrotóxicos, incluindo a atrazina, em águas da chuva em Campinas, Brotas e São Paulo, alertando para riscos à saúde.

Quarta, 23 de Abril de 2025 às 12:02, por: CdB

Entre os 14 agrotóxicos identificados, o herbicida atrazina, apesar do uso ser proibido, foi detectado em todas as amostras das três cidades. 

Por Redação, com ABr – de São Paulo

Estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que a água da chuva pode estar contaminada por agrotóxicos e que o uso desta água para fins de abastecimento da população deve ser feito com cautela. As informações são da Revista Fapesp.

Estudo identifica contaminação por agrotóxicos em águas pluviais | Pesquisa encontrou resíduos do produto em amostras de três cidades
Pesquisa encontrou resíduos do produto em amostras de três cidades

A pesquisa, publicada no periódico científico Chemosphere, coletou e examinou amostras de três cidades paulistas: Campinas, Brotas e a capital São Paulo. Nos três locais, a água da chuva estava contaminada com agrotóxicos. A coleta ocorreu no período de agosto de 2019 a setembro de 2021.

Campinas apresentou a maior concentração de agrotóxicos (herbicidas, fungicidas e inseticidas), com 701 microgramas por metro quadrado (µg/m²), seguindo-se Brotas, com 680 µg/m2, e São Paulo, com 223 µg/m². 

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Agrotóxicos

Segundo a Revista Fapesp, as análises indicaram uma associação direta entre a proporção de agrotóxicos encontrados e a extensão dos cultivos agrícolas, que ocupam quase metade dos 795 quilômetros quadrados (km²) do município de Campinas, 30% dos 1.101 km² de Brotas e 7% dos 1.521 km² da capital paulista. 

Entre os 14 agrotóxicos identificados, o herbicida atrazina, apesar do uso ser proibido, foi detectado em todas as amostras das três cidades. 

– A ideia de que a gente, ao tomar água de chuva, nós estamos tomando uma água limpa, ela não é de toda verdade. Eu acho que isso que o estudo acaba trazendo um pouco: de levantar esse alerta com relação a essa questão ou a esse uso – destacou a coordenadora do estudo, Cassiana Montagner à Revista Fapesp.

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