Equador

Ao menos 10 pessoas já morreram na atual onda de violência, incluindo dois agentes das forças de ordem. Oito vítimas foram registradas na cidade portuária de Guayaquil, epicentro da crise que atravessa o país latino-americano.

País decretou estado de exceção e conflito armado interno, e mobilizou Forças Armadas no combate a organizações criminosas. Caos se agravou após fuga de narcotraficante de prisão.

O presidente do Equador declarou o estado de emergência de 60 dias, uma ferramenta usada por seu antecessor com pouco sucesso - na segunda-feira, permitindo patrulhas militares, inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.

Ainda nesta manhã, Lula reuniu-se com o chanceler Mauro Vieira no Palácio da Alvorada para tratar da operação de resgate dos cerca de 30 brasileiros que se encontram retidos em Gaza, em meio ao crescente conflito na região.

Daniel Noboa se elegeu o presidente mais jovem do país, ao derrotar esquerdista Luisa González, aliada do ex-presidente Rafael Correa. Campanha marcada por assassinatos foi uma das mais violentas da história.

Segundo o Ministério Público, foram executados quatro mandados de prisão nos centros de reabilitação social de El Inca, em Quito, e Cotopaxi, em Latacunga. Além disso, outras duas pessoas foram detidas no sul de Quito.

Grupos ligados ao narcotráfico travam uma guerra pelo poder nas prisões equatorianas, que se tornaram centros de operações.

De acordo com o diretor de investigação antidrogas da Polícia, Pablo Ramírez, os ataques ocorreram em resposta a uma transferência de prisioneiros realizada na quarta-feira. O ataque não deixou mortos nem feridos.

O Equador regressa assim à campanha, depois de um primeiro turno marcado pela violência, com o assassinato do candidato conservador Fernando Villavicencio. O segundo turno está marcado para o dia 15 de outubro.

Campanha foi marcada por assassinatos de líderes políticos, incluindo um presidenciável. Tema da segurança domina reta final do pleito no país, que também atravessa crise política e econômica.

Tamariz acrescentou que há “mais de oito testemunhas” do ataque, registrado por volta da meia-noite de sexta-feira, no qual a polícia supostamente participou. Tamariz viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, alvo de cerca de 30 disparos.

Mais de 13 milhões de equatorianos podem ir às urnas para eleger um substituto para o conservador Guillermo Lasso, que convocou eleições antecipadas para interromper um processo de impeachment contra ele.

Segundo a imprensa local, Briones estava em casa, na cidade de San Mateo, quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra ele e fugiram. No último dia 9, o candidato a presidente do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros após um comício na capital Quito.

O assassinato do político, de 59 anos, nos últimos dias da campanha chocou o país sul-americano de 18 milhões de habitantes, onde o crime violento alimentado por gangues transnacionais aumentou acentuadamente nos últimos anos.

Estefany Puente é atingida de raspão no braço esquerdo. A polícia investiga o motivo do ataque e analise as câmeras de segurança da região.

Em nota, o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, disse que esse "trágico ato de violência é um ataque às instituições e à democracia do Equador". Uma missão de observadores do bloco já está no país latino para acompanhar o processo eleitoral.

Candidato à presidência foi assassinato em Quito. Apesar de crime, presidente equatoriano diz que eleições ocorrerão neste mês, como planejado.

Esse tipo de ataque se tornou frequente no Equador, principalmente em Guayaquil, em meio a uma guerra pelo poder entre as gangues de traficantes, que disputam mercados e rotas de drogas nas ruas e nas prisões.

O líder tem governado por decreto após evocar um mecanismo constitucional, em 17 de maio, que dissolveu a Assembleia Nacional e cortou a duração da sua presidência.

Lasso nega a acusação, dizendo que seu governo fez alterações em um contrato, assinado anos antes de ele assumir o cargo, para beneficiar o Estado, a conselho da Controladoria-Geral do Equador.