De acordo com o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 94.606 migrantes forçados via Mediterrâneo em 2022, aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a Organização Internacional para as Migrações (OIM) aponta que 1,35 mil pessoas morreram ou desapareceram durante a travessia.

Segundo a Capitania dos Portos, as vítimas tinham um e dois anos de idade, e outras duas pessoas, um homem e uma mulher grávida, também sofreram ferimentos graves e foram encaminhadas para hospitais.

As autoridades sírias começaram a encontrar corpos na costa de Tartus na tarde de quinta-feira. O Ministério dos Transportes da Síria citou sobreviventes dizendo que o barco partiu da região de Minyeh, no norte do Líbano, na terça, com entre 120 e 150 pessoas a bordo, com destino à Europa.

O incidente é o mais recente de uma série de desastres semelhantes na região localizada ao redor de um delta formado por muitos rios. Especialistas do país do sul da Ásia de 170 milhões de habitantes apontam os acidentes à falta de manutenção, padrões de segurança e à superlotação das balsas.

O navio, um cargueiro não autorizado a transportar pessoas, estava sobrecarregado e a água inundou o motor, disse Mamy Randrianavony, diretor de operações marítimas da Agência Portuária Marítima e Fluvial (APMF).

O acidente foi o mais recente de uma sequência de desastres registrados nas rotas marítimas entre a Indonésia e a Malásia nos últimos anos, muitas vezes envolvendo barcos superlotados com trabalhadores buscando ocupação em fábricas e plantações malaias.

Diversos países europeus, incluindo Malta e Itália, haviam recusado a entrada do navio da organização Proactiva Open Arms, embora uma mãe e seu filho recém-nascido tenham sido levados de helicóptero a Malta. A maior parte dos 308 imigrantes são africanos e foram resgatados na costa da Líbia.

Neste domingo, um helicóptero da polícia sobrevoou o local onde o barco naufragou no sábado à noite nas águas do distrito de Mukono, perto de Kampala