A vacina para covid-19 desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e pela gigante farmacêutica dos Estados Unidos Pfizer mostrou potencial e foi bem tolerada no estágio inicial de testes em humanos, informaram as empresas nesta quarta-feira.
Por Redação, com Reuters - de Frankfurt/Londres
A vacina para covid-19 desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e pela gigante farmacêutica dos Estados Unidos Pfizer mostrou potencial e foi bem tolerada no estágio inicial de testes em humanos, informaram as empresas nesta quarta-feira.
A vacina é uma das 17 testadas em seres humanos durante uma corrida global para encontrar uma forma de imunização contra o novo coronavírus, que já infectou 10,5 milhões de pessoas e matou mais de meio milhão até agora.
O tratamento em potencial é o quarto medicamento para covid-19 em estágio inicial a ser promissor em testes em humanos, juntamente com projetos envolvendo a Moderna, a CanSino Biologics e a Inovio Pharmaceuticals.
A BioNTech
A BioNTech afirmou que os testes de duas dosagens de seu medicamento BNT162b1 em 24 voluntários saudáveis mostrou que, após 28 dias, eles desenvolveram níveis mais altos de anticorpos para covid-19 do que os normalmente observados em pessoas infectadas.
A mais alta entre as duas doses, ambas administradas através de duas injeções com diferença de três semanas, foi seguida por uma febre curta em três dos quatro participantes após a segunda aplicação.
Uma terceira dosagem, testada em uma concentração mais alta em um grupo separado, não foi repetida após a primeira aplicação devido à dor da injeção.
– Esses primeiros resultados de testes mostram que a vacina produz atividade imune e causa uma forte resposta imune – disse o co-fundador e CEO da BioNTech, Ugur Sahin.
Sahin afirmou que estão sendo preparados ensaios mais amplos para confirmar se isso se traduz em proteção contra uma infecção real.
Nenhuma vacina para covid-19 foi aprovada para uso comercial até agora.
Tratamento para HIV
Uma combinação de medicamentos antivirais usada para tratar pacientes com HIV não apresentou benefícios em pacientes hospitalizados com a covid-19 em um estudo randomizado de larga escala, anunciaram cientistas britânicos na segunda-feira.
Cientistas conduzindo o estudo Recovery na Universidade de Oxford disseram que os resultados “descartam de maneira convincente qualquer benefício significativo em termos de mortalidade com o uso de lopinavir-ritonavir nos pacientes hospitalizados com a covid-19 que estudamos”.
Os cientistas não encontraram diferenças em mortalidade, tempo de estadia no hospital ou risco de precisar de respiração mecânica, quando comparados os 1.596 pacientes que receberam lopinavir-ritonavir com os 3.376 pacientes no grupo de controle.
O Kaletra, da AbbVie, combina edicamentos lopinavir e ritonavir, usados em conjunto contra o HIV. A empresa aumentou seu estoque enquanto avaliava se os remédios poderiam ser usados no tratamento da covid-19.
– Esses resultados preliminares mostram que para os pacientes hospitalizados com a covid-19, respirando sem o auxílio de ventiladores, a combinação lopinavir-ritonavir não é um tratamento eficiente – disse Peter Horby, chefe do estudo.
Os cientistas não conseguiram estabelecer conclusões sobre a eficiência da combinação de medicamentos em pacientes que respiram com o auxílio de ventiladores mecânicos por conta da dificuldade em administrar as substâncias.
O estudo tem examinado a eficiência de seis possíveis tratamentos para a covid-19, envolvendo 11,8 mil pacientes.