Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Turistas continuarão pagando taxa em Veneza no próximo ano

A cobrança foi instituída em 2024 e praticada de maneira experimental em 29 dias não sequenciais entre abril e julho.

Quinta, 18 de Setembro de 2025 às 12:53, por: CdB

A cobrança foi instituída em 2024 e praticada de maneira experimental em 29 dias não sequenciais entre abril e julho.

Por Redação, com ANSA – de Veneza

A prefeitura de Veneza confirmou na quarta-feira que estenderá para 2026 a taxa para turistas acessarem o centro histórico da cidade.

Turistas continuarão pagando taxa em Veneza no próximo ano | Turistas se aglomeram em parada de gôndola no centro histórico de Veneza
Turistas se aglomeram em parada de gôndola no centro histórico de Veneza

A cobrança foi instituída em 2024 e praticada de maneira experimental em 29 dias não sequenciais entre abril e julho. O número de dias aumentou para 54 em 2025, e no ano que vem serão 60, englobando todos os fins de semana e feriados entre o início de abril e o fim de julho.

A taxa será cobrada entre 8h30 e 16h, mas apenas dos turistas que não pernoitarem no centro histórico da cidade, e também haverá isenções para moradores da região do Vêneto, menores de 14 anos, trabalhadores pendulares e estudantes.

Os valores ainda não foram confirmados, mas em 2025 a taxa variou de cinco a 10 euros (de R$ 31 a R$ 62), dependendo da antecedência da reserva.

– A contribuição de acesso tem sido avaliada com atenção e já suscitou um forte interesse em nível internacional. Veneza é a primeira cidade do mundo a percorrer esse caminho, e continuaremos a fazê-lo para tutelar a habitabilidade do município e qualificar a experiência dos visitantes – disse o secretário municipal de Orçamento, Michele Zuin.

Protestos contra maus hábitos de turistas

Veneza é palco recorrente de protestos contra maus hábitos de turistas, como urinar na rua, mergulhar em canais e fazer piqueniques em pontes. Além disso, muitos culpam o turismo de massa pelo declínio da população do centro histórico, onde a crescente oferta de imóveis de temporada pressiona os preços de aluguéis para moradia e empurra os habitantes para áreas mais afastadas.

Em 1951, o centro histórico de Veneza era lar de quase 175 mil pessoas, cifra que hoje gira em torno de 48,5 mil. Ao mesmo tempo, a população dos bairros em terra firme saltou de 97 mil para 178 mil no mesmo período.

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