Nos bastidores da CBF, especula-se que um fracasso do Brasil na Copa América poderia colocar o treinador sob ameaça. A seleção brasileira fracassou no mundial da Rússia, quando foi eliminada nas quartas de final para Bélgica.
Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro
O presidente eleito da CBF, Rogério Caboclo, afirmou que o futuro do técnico Tite não está condicionado ao desempenho do Brasil na Copa América deste ano e garantiu que o treinador vai permanecer no cargo até a Copa do Qatar em 2022
Cabloco, que assume em abril, afirmou em entrevista à agência inglesa de notícias Reuters que é preciso dar tranquilidade ao treinador para que ele possa realizar um ciclo completo à frente da seleção brasileira.
Nos bastidores da CBF, especula-se que um fracasso do Brasil na Copa América poderia colocar o treinador sob ameaça. A seleção brasileira fracassou no mundial da Rússia, quando foi eliminada nas quartas de final para Bélgica.
– (O futuro do Tite) não depende da Copa América. Não existe essa relação”, disse Caboclo após o sorteio de grupos da Copa América. “O contrato dele foi feito por 4 anos para serem cumpridos os 4 anos. Mesmo que não seja campeão – adicionou.
Peso da pressão
O treinador brasileiro tentou tirar o peso da pressão sobre a seleção e afirmou que a obrigação do Brasil será ter um grande desempenho. “Sou obrigado a ter um grande desempenho e tenho obrigação de representar o Brasil, ser digno, correto, competente, mas de resultado não”, avaliou ele.
Ao ser questionado sobre o que poderia ocorrer caso a seleção não conquiste a Copa América em casa, o treinador desconversou. “Deixa o ‘timing’ das coisas acontecer. Guarda essa pergunta e para eu te responder mais lá na frente”, disse Tite.
O grupo do Brasil na Copa América terá seleções de menor tradição como Bolívia, Peru e Venezuela. O grupo B, já está sendo considerado o da morte com equipes como Argentina, Colômbia, Paraguai e Qatar. Já o grupo C ficou mais equilibrado e conta com as seleções do Uruguai, Chile, Equador e Japão.
O presidente da CBF admitiu que o grupo do Brasil é o mais fácil dos três. Isso, teoricamente, aumenta a pressão em cima da seleção e de Tite por um bom desempenho na competição. “O grupo está longe de ser um pesadelo para o Brasil. Temos que jogar bola dentro de campo”, declarou ele à Reuters
O treinador do Brasil reconheceu a fragilidade do grupo mas ressaltou que a seleção não deve esperar facilidade nos jogos contra os adversários da primeira chave. “Claro que Bolívia e Venezuela não estão bem ranqueadas e teoricamente não têm o mesmo nível técnico que o Peru, mas isso não significa facilidade dentro de campo”, finalizou.