Testemunhas relataram que a tempestade chegou e passou em questão de minutos. Ventos de mais de 100 km/h foram relatados na península de Halkidiki, popular entre turistas no verão europeu.
Por Redação, com Reuters - de Atenas
Uma tempestade violenta de curta duração matou seis estrangeiros, incluindo duas crianças, além de deixar mais de 100 pessoas feridas, após atingir o norte da Grécia durante a madrugada, derrubando árvores e arrancando telhados.
Testemunhas relataram que a tempestade chegou e passou em questão de minutos. Ventos de mais de 100 km/h foram relatados na península de Halkidiki, popular entre turistas no verão europeu.
Dois turistas tchecos idosos morreram quando os ventos e a chuva viraram seu trailer, informou a polícia.
Uma mulher e um menino de 8 anos da Romênia morreram quando um teto desabou em um restaurante do resort litorâneo de Nea Plagia. Um homem e um menino, ambos russos, morreram quando uma árvore caiu perto de seu hotel na cidade costeira de Potidea, disseram autoridades.
Ruas
Ruas da área ficaram repletas de pinheiros derrubados e motos tombadas, e tetos de madeira foram arrancados e lançados nas praias. Um correspondente da agência inglesa de notícias Reuters viu cadeiras de sol jogadas aos montes junto a outros destroços perto das praias de Nea Plagia.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, cujo governo tomou posse nesta semana depois de vencer as eleições de 7 de julho, cancelou sua agenda matutina e está sendo atualizado continuamente, disse um funcionário do governo.
Presente no local do desastre, o ministro da Defesa Civil, Mihalis Chrisochoidis, disse que a Grécia está chorando a perda de vidas, acrescentando: “Nos próximos dias todos os danos serão reparados”.
Tempestades tão severas são incomuns na Grécia, onde os verões costumam ser quentes e secos. Mas a tragédia trouxe lembranças de um incêndio florestal ocorrido quase um ano atrás que atravessou o resort de Mati quase sem aviso, atiçado por ventos quentes, aprisionando muitos habitantes antes que eles pudessem fugir e matando 100 pessoas.
Feridos
– É a primeira vez em minha carreira de 25 anos que vivi algo assim – disse Athansios Kaltsas, diretor do Centro Médico de Nea Moudania, onde muitos dos feridos foram tratados devido a fraturas, à televisão grega. “Foi muito abrupto, e muito repentino”.
Kaltsas contou que os pacientes levados à clínica tinham entre 8 meses e mais de 70 anos de idade. Alguns tinham ferimentos na cabeça causados por árvores.