Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Teerã diz que ataque a embaixada na Síria não ficará sem resposta

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Terça, 02 de Abril de 2024 às 11:26, por: CdB

O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã declarou, em nota, que sete conselheiros militares iranianos morreram no ataque, incluindo Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Força Quds, que é um braço de elite de espionagem e paramilitar.


Por Redação, com RTP - de Teerã


O ataque atribuído a Israel ao consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, na segunda, "não ficará sem resposta", afirmou nesta terça-feira o presidente iraniano, Ebrahim Raisi. O ataque aéreo deixou 11 mortos: oito iranianos, dois sírios e um libanês.




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Irã prometeu retaliar ação que considera sem precedentes

"Dia após dia, assistimos ao reforço da frente de resistência e à repulsa e ao ódio das nações livres contra a natureza ilegítima" de Israel "e esse crime covarde não ficará sem resposta", acrescentou o presidente em comunicado.


Teerã prometeu retaliar o ataque sem precedentes a um edifício diplomático iraniano na Síria, onde o Irã e os seus aliados apoiam o governo do presidente Bashar al-Assad.


Ebrahim Raisi afirmou que o ato foi desumano, agressivo e desprezível e constitui violação flagrante das regras internacionais.


Para Raisi, Israel "inscreveu os assassinatos indiscriminados na sua agenda" depois de ter sofrido "repetidas derrotas e fracassos contra a fé e a vontade dos combatentes da Frente de Resistência", mas "deve saber que nunca conseguirá atingir os seus objetivos sinistros com meios tão desumanos".



Guardas da Revolução Islâmica


O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã declarou, em nota, que sete conselheiros militares iranianos morreram no ataque, incluindo Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Força Quds, que é um braço de elite de espionagem e paramilitar.


"O inimigo israelense lançou ataques aéreos a partir do Golan sírio ocupado, visando ao consulado iraniano em Damasco", disse o Ministério da Defesa da Síria.


O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Faisal Mekdad, que esteve no local juntamente com o ministro do Interior, condenou “veementemente o atroz ataque terrorista que teve como alvo o edifício do consulado iraniano em Damasco e matou inocentes".


O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, convocou o encarregado de negócios da Suíça em Teerã, que representa os interesses dos Estados Unidos no país. O embaixador do Irão na Síria disse que o ataque atingiu um edifício consular no complexo da embaixada e que  sua residência ficava nos dois últimos andares.


– Uma mensagem importante foi enviada ao governo norte-americano, uma vez que apoia a entidade sionista (expressão usada para Israel). A América deve assumir suas responsabilidades – afirmou o ministro, citado pela agência de notícias iraniana Irna. Ele apelou "à comunidade internacional" para que dê "uma resposta séria" aos ataques israelenses


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir para discutir o ataque, disse o embaixador da Rússia junto à ONU, Dmitry Polyansky, pedido já aceite, escreveu o diplomata na rede social X.


Há muito que Israel tem como alvo as instalações militares do Irã na Síria e as dos seus representantes, mas no ataque dessa segunda-feira foi a primeira vez que Israel atingiu o vasto complexo da embaixada.


Questionado sobre o ataque durante entrevista, o porta-voz do Exército de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, respondeu que "não comenta informações da imprensa estrangeira".


Israel intensificou os ataques paralelamente à campanha contra o movimento radical Hamas, apoiado pelo Irã, que desencadeou a guerra de Gaza com um ataque a Israel em 7 de outubro, que matou cerca de 1,2 mil pessoas e fez 253 reféns, de acordo com dados israelenses.


Desde o início de outubro, as Forças de Defesa de Israel intensificaram os ataques aéreos na Síria contra o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irão e o grupo armado libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, que apoiam o governo do presidente sírio Bashar al-Assad.




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