Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

No sertão pernambucano, petista alerta para avanços do ‘genocida’

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Quinta, 21 de Julho de 2022 às 12:56, por: CdB

— Vou dar um conselho. Se aparecer dinheiro na conta de vocês, peguem. Se vocês não pegarem e acabar as eleições, o (Paulo) Guedes (ministro da Economia) pega para ele. Tem que pegar o dinheiro, comprar comida para a família e na hora de votar, deem uma banana para ele. E votem em que vai resolver os problemas de vocês — recomendou Lula.

Por Redação, com BdF - de Recife
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, a milhares de pessoas reunidas numa tarde de inverno, apesar dos quase 30º positivos em Serra Talhada no sertão de Pernambuco, o “pacote de bondades” do governo de Jair Bolsonaro (PL). O líder popular lembrou que há dois anos o PT reivindica aumento de R$ 600 para o ‘Programa Bolsa Família’, mesmo valor que o Congresso aprovou recentemente para o ‘Auxílio Brasil’, com validade apenas até dezembro.
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Lula cumprimenta líderes de partidos aliados em Pernambuco, por onde inicia um giro pelo Nordeste
Lula criticou os R$ 41 bilhões em recursos da União que Bolsonaro pretende gastar na tentativa de ganhar as eleições. — Não dá, nessas alturas do campeonato, pra gente acreditar em bondade desse genocida — disse Lula. Ele lembrou, por exemplo, que Bolsonaro não disponibilizou as vacinas contra a covid-19 “no momento em que a ciência determinava”. — Vou dar um conselho. Se aparecer dinheiro na conta de vocês, peguem. Se vocês não pegarem e acabar as eleições, o (Paulo) Guedes (ministro da Economia) pega para ele. Tem que pegar o dinheiro, comprar comida para a família e na hora de votar, deem uma banana para ele. E votem em que vai resolver os problemas de vocês — recomendou Lula. O ex-presidente alertou, ainda, que as eleições desse ano não serão iguais às anteriores.  — Estamos fazendo uma disputa entre uma candidatura que defende a democracia, o Estado democrático de direito e os direitos humanos. E estamos com o outro candidato que é um negacionista, um desumano — acrescentou.

Modelo

Nesse sentido, o pré-candidato voltou a rebater os insistentes ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas. — É um cidadão que mente inclusive sobre as suas próprias eleições — disse Lula, citando as diversas vezes em que Bolsonaro foi eleito como deputado, e também como presidente. Afirmou que nenhum embaixador levou à sério as afirmações do atual presidente contra o sistema eleitoral, “porque a eleição no Brasil é modelo para o mundo inteiro”. — Se pudessem roubar na urna eletrônica, acham que o Lulinha teria sido presidente em 2002 e 2006? Se pudessem roubar, acham que uma mulher que passou três anos e meio na cadeia, que foi torturada, teria sido eleita em 2010 e reeleita em 2014? — questionou, referindo-se à presidenta deposta Dilma Rousseff (PT).

Socorro

Dona Buruca, liderança comunitária em Serra Talhada, afirmou que os nordestinos precisam da volta de Lula para matar a fome e a sede, que estão voltando na região. — Lula, você tirou o cavalo e o jumento e deixou o homem no carro e na moto. Mas ele não pode mais rodar. Não pode comprar gasolina. Ou vende, ou a ferrugem vai comer — reclamou Dona Buruca, sobre a inflação dos combustíveis. Ela também destacou a quantidade de gente que perdeu seus entes queridos pela falta da vacina contra a covid-19. — Lula está de volta, ele vai voltar — clamou dona Buruca. Lula ressaltou que o atual presidente não derramou “uma lágrima” pelas mais de 670 mil vítimas da pandemia. E que também não visitou as crianças que ficaram órfãs, ao terem seus pais levados pela doença.

‘Lulinha’

O ex-presidente afirmou que tem consciência que a atual situação do país é muito difícil. Mas disse acreditar na sua experiência administrativa, e do seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin. — Nós provamos, em apenas pouco tempo de governo, que a gente pode consertar o Brasil com muita rapidez — continuou Lula. Além disso, afirmou que ele próprio está com o “coração maior” e a cabeça “mais ágil”, com mais “vontade” do que em 1989, quando disputou a presidência pela primeira vez. — O Brasil está pior, mas Lulinha está melhor — garantiu.
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