Quarta, 17 de Fevereiro de 2021 às 11:31, por: CdB
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira que foram identificados cinco casos de variantes do novo coronavírus no Estado, sendo quatro da variante P.1 da SARS-CoV-2, identificada inicialmente em Manaus, e um da variante britânica.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira que foram identificados cinco casos de variantes do novo coronavírus no Estado, sendo quatro da variante P.1 da SARS-CoV-2, identificada inicialmente em Manaus, e um da variante britânica.
Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Mario Sérgio Ribeiro, um dos três casos registrados na capital fluminense é de um dos pacientes vindos de Manaus que está internado no Rio. Dois casos foram identificados em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e um em Petrópolis, na região serrana. “Não é possível dizer, neste momento, se são casos importados ou autóctones (transmissão local)”.
O secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, descartou a adoção no momento de um lockdown (bloqueio) das atividades como medida para conter a transmissão dessas novas variantes. De acordo com Chaves, será feito o acompanhamento diário dos casos com a vigilância epidemiológica.
Vacinação
Chaves e o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, disseram que não haverá antecipação da segunda dose da vacina contra a covid-19 para os que já receberam a primeira dose, pois estão seguindo o Plano Nacional de Imunização.
A campanha para aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na capital fluminense foi suspensa nesta quarta-feira por causa da falta de imunizantes na cidade.
Sequenciamento
Em todo o país, especialistas da Rede Genômica Fiocruz integram um esforço que já sequenciou quase 3,6 mil amostras coletadas no Brasil, sendo 1.035 em São Paulo, 726 no Rio de Janeiro, 340 no Amazonas, 306 Rio Grande do Sul, 167 na Paraíba, 150 em Pernambuco e as demais em outros Estados.
Um balanço desse trabalho aponta que mais de 60 linhagens do vírus já foram encontradas no país, porém predominam a B.1.1.33 e a B.1.1.28, que circulam no Brasil desde março. O surgimento de linhagens diversas é um processo comum nos vírus, e, na maior parte dos casos, as mudanças implicam pequenas diferenças no material genético.
Foi a B.1.1.28 que, após mutações, deu origem à variante P.1, encontrada no Amazonas, e à P.2, descrita pela primeira vez no Rio de Janeiro. Ambas são consideradas “variantes de preocupação” e apresentam modificações na proteína spike, estrutura do vírus que se conecta às células humanas. No caso da P.1, há três mutações relacionadas à proteína (K417N, E484K e N501Y), e, na P.2, uma mutação (E484K).
No Amazonas, a variante P.1 foi apontada como a causadora de 91% dos casos da covid-19 que tiveram seu material genético sequenciado em janeiro. A variante se tornou a dominante no Estado, tomando o lugar da B.1.1.28.