Sem recursos, as ações iniciadas pela campanha de Trump em vários Estados norte-americanos após a eleição de 3 de novembro, na qual o presidente enfrenta o democrata Joe Biden, têm agora um destino incerto.
Por Redação, com agências internacionais - de Washington
O Partido Republicano fragmentou-se, neste sábado, após a derrota nas urnas para o democrata Joe Biden. Os advogados do agora ex-presidente Donald Trump tentam ingressar com ações judiciais junto à Corte Suprema, para alterar o resultado das urnas, mas o custo dos processos — calculado em US$ 60 milhões — torna-se o maior impeditivo à intenção do candidato derrotado.
Desde a véspera, quando a vitória de Biden já se consolidava em Estados que ainda apuram os votos dos eleitores, a campanha de Trump iniciou uma iniciativa para arrecadar os recursos necessários às ações na Justiça, mas o resultado até o início desta tarde estavam muito abaixo das projeções mais pessimistas. Ao todo, o total arrecadado não chegava a US$ 8 milhões.
Bala na agulha
Sem recursos, as ações iniciadas pela campanha de Trump em vários Estados norte-americanos após a eleição de 3 de novembro, na qual o presidente enfrenta o democrata Joe Biden, têm agora um destino incerto.
— Eles querem US$ 60 milhões — disse um doador que recebeu solicitações da campanha e do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), em uma exclamação à agência inglesa de notícias Reuters. A campanha de Trump e o RNC não responderam de imediato a pedidos dos jornalistas por comentários.
Desde que a votação terminou, na terça-feira, a campanha de Trump enviou emails e mensagens de texto solicitando doações e alegando crimes na eleição, sem sucesso. O pedido por fundos ocorre em momento em que as campanhas de Trump e Biden se preparam para uma disputa legal potencialmente longa sobre as eleições. Os democratas, no entanto, têm mais do que o suficiente para enfrentar as demandas, em juízo.
David Bossie, assessor sênior da campanha de Trump que lidera o grupo conservador Citizens United, foi escolhido para comandar as disputas legais pós-eleição, de acordo com uma fonte familiarizada com a estratégia da campanha de Trump.