Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Rede social X retira ferramenta para denunciar notícias eleitorais falsas

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Quinta, 28 de Setembro de 2023 às 13:49, por: CdB

A medida gerou debate às vésperas de um referendo importante na Austrália sobre os direitos de povos indígenas, bem como das eleições presidenciais de 2024 nos EUA.


Por Redação, com BBC - de São Francisco


A rede social X (antigo Twitter) de Elon Musk desativou uma ferramenta que permitia aos usuários relatar informações erradas sobre eleições, dizem pesquisadores.




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Medida gera debate às vésperas de referendo na Austrália e eleições presidenciais de 2024 nos EUA

Segundo a ONG Reset.Tech Australia, o recurso foi removido nas últimas semanas, com exceção da União Europeia.


A medida gerou debate às vésperas de um referendo importante na Austrália sobre os direitos de povos indígenas, bem como das eleições presidenciais de 2024 nos EUA.


Autoridades australianas dizem que a circulação de desinformação eleitoral é a pior já vista.


A ferramenta, disponível nos EUA, Austrália e Coreia do Sul desde 2021, havia sido expandida para outros países no ano passado.


Em uma carta pública, a Reset.Tech Australia classificou a medida como "extremamente preocupante", já que a Austrália se prepara para realizar o referendo no próximo mês.


"Parece que agora não existe mais canal para reportar desinformação eleitoral em sua plataforma", disse o grupo.


Usuários da rede ainda podem denunciar postagens que considerem odiosas, abusivas ou spam.


A mudança


O primeiro referendo da Austrália em quase um quarto de século acontecerá em 14 de outubro.


A mudança também poderá afetar a capacidade dos eleitores de reportarem informações erradas antes das eleições presidenciais de 2024 nos EUA.


De acordo com a Reset.Tech Australia, o recurso continua disponível para países da União Europeia, onde um estudo recente sugere que a rede X concentra a maior proporção de desinformação entre seis grandes redes sociais.


O estudo da Comissão Europeia examinou mais de 6 mil publicações no Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok, X e YouTube.


O estudo aponta que o X tinha a maior "taxa de descoberta" de desinformação, o que significa as chances de um usuário se depararem com desinformação.


O YouTube teve o valor mais baixo, sugeriu o estudo.


– Minha mensagem para (a plataforma X) é: vocês têm que cumprir a lei. Estaremos observando – alertou a Comissária de Valores e Transparência da UE, Vera Jourova.


Na UE, os gigantes da tecnologia devem cumprir a Lei dos Serviços Digitais da UE (DSA), que se propõe a proteger usuários e impedir interferência eleitoral.


Desde que Musk assumiu o controle do X, ou Twitter, como era então conhecido, no final de 2022, a empresa foi acusada de permitir um aumento do discurso de ódio e da desinformação.


Musk negou isto em entrevista recente à agência britânica de notícias BBC.


Ele argumentou que o recurso "Notas da Comunidade" da plataforma, que permite aos usuários comentar nas postagens para sinalizar conteúdo falso ou enganoso, é a melhor forma de verificar os fatos.


À BBC procurou a rede X para comentar os pontos desta reportagem.



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