O dado é um pouco menor do que em 2020, quando foram computadas 315 mortes, mas maior do que em 2019, ano anterior à pandemia de covid-19, quando 286 homicídios foram contabilizados.
Por Redação, com ANSA - de Roma
O Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) divulgou nesta quinta-feira (24) o relatório consolidado de homicídios cometidos no país durante o ano de 2021 e apontou que 303 assassinatos (184 homens e 119 mulheres) foram registrados.
O dado é um pouco menor do que em 2020, quando foram computadas 315 mortes, mas maior do que em 2019, ano anterior à pandemia de covid-19, quando 286 homicídios foram contabilizados.
Mas, o que mais chamou a atenção do Istat é que quase a metade dos crimes foi cometido em ambiente familiar (45,9%), totalizando 139 falecimentos. Dentro desse dado, as mulheres foram as principais vítimas, com 58,8% das 100 assassinadas sendo mortas por companheiros ou ex-parceiros.
A estatística também está em média com os anos anteriores (57,8% em 2020 e 61,3% em 2019). Além disso, o instituto mostra que todos os homicídios cometidos contra mulheres tiveram o responsável identificado.
Vítimas
Entre os principais criminosos, 77,8% são os atuais maridos (casamentos oficiais). Apenas 10,9% são vítimas de pessoas que não as conheciam e, na maior parte das vezes, são idosas que morreram durante um assalto.
O Istat aponta que, nos primeiros anos da década de 1990, eram cerca de cinco homens mortos para cada vítima mulher. Em 2021, esse dado caiu para 1,6 para cada mulher.
A criminalidade organizada foi responsável por 23 homicídios. Outro número relevante é que apenas 19,1% das vítimas eram estrangeiros e, nesse grupo, 63,8% eram homens. Entre as causas das mortes, 39,3% das vítimas foram assassinadas com "armas de corte".
Com os números, a taxa de homicídios na Itália é de 0,51 a cada 100 mil habitantes, um dos menores índices da União Europeia, ao lado de Luxemburgo, Eslovênia e República Tcheca.