Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Primeiras unidades do Real Digital devem ser criadas nesta semana

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Segunda, 17 de Outubro de 2022 às 10:14, por: CdB

Desde a apresentação da moeda, o Banco Central realizou ações com o público e stakeholders para desenvolver os possíveis usos do Real Digital. O LIFT é uma das ações criadas e possui, entre seus participantes, Itaú, Santander, Visa, Mercado Bitcoin e Febraban.

Por Redação, com Tecnoblog - de Brasília

Anunciado em 2021, o Real Digital pode estrear, ainda de modo experimental, nesta quinta-feira. A informação foi revelada por um integrante do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), programa de inovações do Banco Central do Brasil e Fenasbac, para a Folha de São Paulo. O Real Digital não será uma criptomoeda, mas uma moeda com lastro do governo.
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Moeda digital do Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) terá testes iniciados; previsão de lançamento oficial é para 2023
Desde a apresentação da moeda, o Banco Central realizou ações com o público e stakeholders para desenvolver os possíveis usos do Real Digital. O LIFT é uma das ações criadas e possui, entre seus participantes, Itaú, Santander, Visa, Mercado Bitcoin e Febraban.

Praticidade e segurança

A moeda digital pode gerar dúvidas sobre qual é a sua diferença em relação a uma criptomoeda. Em comum, as duas são digitais, "não palpáveis". Porém, o Real Digital será centralizado, emitido pelo próprio Banco Central do Brasil e com um valor estável,  seus R$ 10 digitais valerão R$ 10 de arara. Ou seja, uma extensão do Real físico.

Já uma criptomoeda, como o Bitcoin, é descentralizada, precisa ser minerada e não é lastreada, funcionando mais como um investimento e apresentando alta volatilidade.

Uma vantagem do Real Digital é que o usuário não será obrigado a ter uma conta bancária para utilizar o dinheiro, este será guardado em uma carteira virtual. O gerenciamento da transação será realizada em algum sistema do governo, provavelmente do próprio Banco Central, direto com o cidadão.

A CBDC também facilita o uso do dinheiro em viagens internacionais. Por mais que o PIX seja muito prático, ele só funciona no Brasil. Com o Real Digital, o usuário poderá viajar e converter a moeda diretamente no país de destino.

Na parte da segurança, é esperado que o Real Digital seja desenvolvido dentro da tecnologia blockchain. Crimes financeiros podem ser monitorados com mais detalhes, permitindo que órgãos de controle compreendam de maneira mais profunda os fluxos de dinheiro.

Mais informações sobre o funcionamento do Real Digital devem ser divulgadas nesta quinta-feira.

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