Na segunda semana do mês, por exemplo, a carga do SIN (sistema interligado nacional) bateu 73,5 mil MW (megawatts) médios, já um recorde para o mês de setembro —o maior valor anterior havia sido registrado na última semana de setembro de 2021: 71 mil MW médios.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro e São Paulo
A onda de calor no país está puxando o consumo de energia para níveis recordes para o mês de setembro, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), enquanto o varejo vê dispararem as vendas de aparelhos de ar condicionado e ventiladores.
Na segunda semana do mês, por exemplo, a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) bateu 73,5 mil megawatts (MW) médios, já um recorde para o mês de setembro — o maior valor anterior havia sido registrado na última semana de setembro de 2021: 71 mil MW médios.
Na sexta-feira, quando a cidade de São Paulo bateu o recorde de calor do ano, a carga chegou a bater 81,2 mil MW médios. Na quinta-feira, a demanda máxima atingiu pico de 90,9 mil MW às 16h37, a maior desde os 97,3 mil MW registrados às 16h do dia 14 de fevereiro.
Crescimento
A previsão do ONS é que setembro feche com um consumo de energia de 75,2 mil MW (megawatts) médios, alta de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Se confirmado, será o maior valor já registrado para o mês, de acordo com dados históricos do operador.
"A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida", disse, em nota divulgada na sexta-feira, o presidente do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.
A aceleração mais expressiva no consumo deve ser registrada na região Norte (10,6%), que conta com o retorno das operações de um grande consumidor industrial. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão é de aumento de 6,1%; no Nordeste, de 4,2%.