Segundo Biden, a redução no valor dos medicamentos faz parte da sua visão econômica para os EUA, que busca crescer “de baixo para cima”, ou seja, beneficiando os mais pobres.
Por Redação, com CartaCapital - de Washington
A Casa Branca divulgou na terça-feira um comunicado do presidente dos EUA, Joe Biden, em que ele pressiona as farmacêuticas por reduções nos preços dos remédios. Segundo ele, “durante muito tempo, os norte-americanos pagaram mais por medicamentos prescritos do que qualquer grande economia”, algo que teria servido para “encher o bolso” de grandes empresas da área.
– Embora a indústria farmacêutica obtenha lucros recordes, milhões de norte-americanos são forçados a escolher entre pagar pelos medicamentos de que necessitam para viver ou pagar pela alimentação, aluguel e outras necessidades básicas. Esses dias estão acabando – declarou Biden.
Programa de beneficiários do Medicare
A gestão do democrata anunciou na terça-feira os primeiros 10 medicamentos cobertos pelo programa de beneficiários do Medicare selecionados para participar de programa de negociação de valor, a iniciativa faz parte da Lei de Redução da Inflação do governo norte-americano. Na lista estão anticoagulantes populares e remédios para diabetes.
– Isto se soma ao progresso que fizemos na redução do custo da insulina para US$ 35 por mês para idosos no Medicare – falou Biden no comunicado. “Atingimos este marco graças à Lei de Redução da Inflação, uma das leis mais significativas alguma vez promulgadas e que foi aprovada com a liderança dos democratas no Congresso. Enfrentamos as grandes farmacêuticas e interesses especiais, vencendo a oposição de todos os republicanos no Congresso, e o povo norte-americano venceu”, declarou.
Conforme a organização de pesquisa independente KFF, o Medicare oferece cobertura de seguro saúde a 65 milhões de norte-americanos, incluindo 57 milhões de adultos e quase 8 milhões de jovens com alguma deficiência.
Segundo Biden, a redução no valor dos medicamentos faz parte da sua visão econômica para os EUA, que busca crescer “de baixo para cima”, ou seja, beneficiando os mais pobres.
– E está funcionando. É por isso que as grandes farmacêuticas já abriram 8 processos contra a minha gestão e gastaram quase US$ 400 milhões no ano passado para tentar impedir o nosso progresso – afirmou o presidente norte-americano. “Deixe-me ser claro: não vou recuar”, disse, acrescentando não haver razão para que os norte-americanos “sejam forçados a pagar mais” do que quem vive em outros países por medicamentos “que salvam vidas, apenas para encher os bolsos” de grandes farmacêuticas.
– Para muitos norte-americanos, o custo de um medicamento representa a diferença entre a vida e a morte, a dignidade e a dependência, a esperança e o medo. É por isso que continuaremos a lutar para reduzir os custos dos cuidados de saúde, e não pararemos até terminarmos o trabalho – concluiu.