Apenas na semana passada, o dólar caiu 4,06%. No acumulado de terça e quarta-feira, a cotação cedeu mais de 5%, mais forte desvalorização de dois dias em 11 anos. Esse movimento foi atribuído em parte a uma realização de lucros depois de a moeda ter saltado mais de 11% no somatório das duas semanas anteriores.
Por Redação - de São Paulo
A forte desvalorização dos ativos brasileiros por causa da escalada da crise do Covid-19 começa a estimular análises de que os preços podem embutir alguma atratividade neste momento mas, de forma geral, analistas ainda mostram hesitação, diante das incertezas sobre a profundidade e extensão da crise e também do imbróglio político doméstico.
Apenas na semana passada, o dólar caiu 4,06%. No acumulado de terça e quarta-feira, a cotação cedeu mais de 5%, mais forte desvalorização de dois dias em 11 anos. Esse movimento foi atribuído em parte a uma realização de lucros depois de a moeda ter saltado mais de 11% no somatório das duas semanas anteriores.
Pregões
Também na última semana de abril, o Ibovespa subiu quase 7%, elevando a recuperação no mês para 10,25%, após tombo de perto de 30% em março. E a inclinação da curva de juros entre os vencimentos janeiro 2025 e janeiro 2021 caiu quase 79 pontos-base nos últimos quatro pregões do mês, depois de ter disparado 144 pontos-base entre 17 e 24 de abril.
Em todos esses mercados, a percepção de alívio na cena política foi crucial para a melhora. Investidores retiraram parte do prêmio de risco criado por temores de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, seria o próximo a deixar o governo após a conturbada saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça.