Portugueses estão cautelosamente otimistas após vitória eleitoral
Desafiando todas as probabilidades, Costa ganhou um forte mandato na votação antecipada, que foi convocada depois que o Parlamento rejeitou o projeto de orçamento de seu governo minoritário. O PS conquistou pelo menos 117 assentos.
Desafiando todas as probabilidades, Costa ganhou um forte mandato na votação antecipada, que foi convocada depois que o Parlamento rejeitou o projeto de orçamento de seu governo minoritário. O PS conquistou pelo menos 117 assentos.
Por Redação, com Reuters - de Lisboa
Os eleitores portugueses saudaram cautelosamente o retorno da estabilidade política nesta segunda-feira, depois que uma longa noite eleitoral deu uma maioria absoluta surpreendente ao Partido Socialista (PS), do primeiro-ministro António Costa, mas a ascensão de um partido de extrema direita gerou preocupações.
Portugueses estão cautelosamente otimistas após vitória eleitoral de primeiro-ministro
Desafiando todas as probabilidades, Costa ganhou um forte mandato na votação antecipada, que foi convocada depois que o Parlamento rejeitou o projeto de orçamento de seu governo minoritário. O PS conquistou pelo menos 117 assentos, uma maioria absoluta, deixando o principal partido da oposição, o Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, com apenas 71.
– Ninguém esperava, nem o próprio PS, mas acho que é bom para o país, precisamos de estabilidade – disse António Carlos, de 69 anos, enquanto caminhava por um dos bairros de Lisboa.
João Fidalgo, 39, foi mais cauteloso, dizendo temer que a maioria possa levar os socialistas a se desviarem para a direita.
– Espero que o PS continue buscando as políticas de centro-esquerda e não seja enganado pelas grandes empresas e interesses econômicos – disse.
A vitória de Costa
Os investidores saudaram a vitória de Costa, embora o índice de ações PSI20 de Portugal tenha subido apenas 0,5%.
– O governo de Costa desenvolveu uma reputação de disciplina fiscal e agora, com um mandato forte... os investidores vão se sentir tranquilos, em uma dinâmica que provavelmente oferecerá suporte aos ativos portugueses – disse Ricardo Evangelista, diretor da ActivTrades Europe, baseado em Luxemburgo.
O Chega, de extrema-direita, emergiu como a terceira maior força parlamentar, dando um grande salto de apenas um assento na legislatura anterior para 12. Muitos portugueses ficaram chocados.
– É um partido de extremos, de fascismo... estou surpresa que Portugal ainda queira que isto esteja representado no país – disse Mariana Murça, de 22 anos, acrescentando que Costa mereceu vencer depois da sua gestão durante a pandemia de covid-19.