O primeiro-ministro polonês propôs bloquear os voos dos países do Oriente Médio a Belarus. Morawiecki disse que as sanções atuais "não são suficientemente eficazes contra o regime de Lukashenko, porque afetam certos indivíduos".
Por Redação, com Sputnik - de Varsóvia
Nesta quarta-feira, o premiê da Polônia, Mateusz Morawiecki, chamou a crise migratória na fronteira com Belarus de "terrorismo estatal".
– É preciso afirmar claramente que isso é uma expressão de terrorismo estatal – indicou Morawiecki após se encontrar com o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, em Varsóvia.
O primeiro-ministro polonês propôs bloquear os voos dos países do Oriente Médio a Belarus. Morawiecki disse que as sanções atuais "não são suficientemente eficazes contra o regime de Lukashenko, porque afetam certos indivíduos".
A Polônia fechará mais postos de controle na fronteira polonesa-belarussa se os migrantes tentarem entrar à força na Polônia, disse o premiê.
– Em primeiro lugar, pensamos fechar os postos de controle fronteiriço onde ocorrem os ataques (...) Se Lukashenko não parar seu ataque híbrido, seremos forçados a fechá-los – declarou.
Crise migratória
Morawiecki sublinhou que isso "não é uma crise migratória, é uma crise política criada para propositadamente para desestabilizar a situação na União Europeia".
[embed]https://youtu.be/ok1TNdoucG4[/embed]O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou sua solidariedade com a Polônia no âmbito da crise migratória na fronteira.
– A causa de minha presença aqui é expressar minha solidariedade e a solidariedade da União Europeia com a Polônia, que está enfrentando esta crise grave – disse Michel durante a coletiva de imprensa conjunta.
Michel chamou a situação de um "ataque grosseiro, híbrido". Ele afirmou que a União Europeia deve aumentar as sanções contra o governo de Lukashenko.
Na terça-feira, o premiê polonês afirmou que a situação na fronteira polonesa-belarussa, que também é a fronteira externa da União Europeia, pode ser caraterizada como uma guerra de "novo tipo". Morawiecki declarou que Minsk e Moscou estão realizando "um ataque muito coordenado" por meio dos imigrantes.