Cientistas japoneses descobriram um mecanismo para suspender o processo de envelhecimento celular, usando um remédio já existente. Os testes em laboratório mostraram que o tratamento forneceria um efeito de rejuvenescimento.
Por Redação, com Sputnik - de Tóquio
Cientistas japoneses descobriram um mecanismo para suspender o processo de envelhecimento celular, usando um remédio já existente. Os testes em laboratório mostraram que o tratamento forneceria um efeito de rejuvenescimento.
O enfraquecimento das funções de corpo está ligado ao aumento de células que ativam os processos de inflamação, desencadeando processos inflamatórios sistémicos. O processo de senescência celular foi descoberto há 60 anos pelo cientista norte-americano Leonard Hayflick, que afirmou que as células podem dividir-se apenas uma quantidade limitada de vezes e que, depois disso, o processo para.
Os últimos estudos mostraram que o processo de divisão pode parar em resultado de danos no DNA, stress oxidativo e outros fatores. As células envelhecidas perdem a sua capacidade de se dividir, se acumulam no corpo, causando inflamação e envelhecimento.
– Então, se removermos estas células, é possível parar os processos inflamatórios causados por elas e, portanto, conseguir uma melhoraria significativa dos sintomas de envelhecimento – disse à agência russa de notícias Sputnik o doutor Makoto Nakanishi da Universidade de Tóquio, Japão.
Durante o estudo, iniciado em 2014, os cientistas descobriram que a enzima GLS1 é vital para o envelhecimento das células. A enzima está ligada estreitamente ao processo de metabolismo da glutamina. Acontece que uma célula envelhecida precisa desta enzima para sobreviver. Isso acontece porque os lisossomos, que destroem as proteínas indesejadas, param de funcionar.
O ambiente ácido dentro dos lisossomos penetra na célula, ameaçando sua existência. Para sobreviver e neutralizar o ambiente ácido, a célula precisa de amoníaco, obtido da transformação da glutamina em ácido glutâmico, um processo que precisa da enzima GLS1, explicou o cientista.
– Todas as células que provocam inflamação dependem da GLS1, uma enzima que converte a glutamina em ácido glutâmico, para sobreviver. Portanto, se utilizarmos um agente inibidor, podemos eliminar todas as células que provocam inflamação, incluindo as células senescentes – disse Nakanishi.