Rio de Janeiro, 18 de Dezembro de 2024

Pesquisa mostra que o Cerrado está sendo inteiramente destruído

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Quinta, 05 de Dezembro de 2024 às 20:01, por: CdB

A redução, segundo Gomes, compromete a capacidade de compensação ambiental, ou seja, ações que os proprietários podem fazer para reduzir danos ambientais.

Por Redação, com ACS – de Brasília

Previsto pelo Código Florestal, o nível de excedente de vegetação nativa, ou seja, de área de imóveis rurais privados com valor superior ao obrigatório pela Lei, caiu mais de 6 milhões de hectares. Em 2022, o bioma Cerrado somava mais de 31 milhões de hectares de vegetação nativa, número reduzido para pouco mais de 24 milhões no ano passado.  

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Projetos ajudam a conservar o bioma do Cerrado

Os dados de 2023 apontam que, ao todo, o país soma 68 milhões de hectares de excedente de vegetação nativa.  

— A perda de mais de 6 milhões de hectares de excedente de vegetação nativa no Cerrado, em apenas um ano, é um alerta que requer atenção em relação à crescente pressão sobre o bioma — afirmou Jarlene Gomes, pesquisadora no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

 

Preservação

A redução, segundo Gomes, compromete a capacidade de compensação ambiental, ou seja, ações que os proprietários podem fazer para reduzir danos ambientais. A tendência, de acordo com a especialista, evidencia a necessidade de políticas públicas que incentivem a preservação da vegetação, como Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e créditos de carbono. 

Os dados foram recém-lançados pelo Termômetro do Código Florestal, uma iniciativa do Observatório do Código Florestal (OCF) desenvolvida pelo IPAM, com objetivo de prover acesso à informação sobre o balanço da aplicação do Código Florestal, a lei de proteção da vegetação nativa do país.

 

Planejamento

A plataforma traz a visualização de informações sobre a implementação da lei por estados e municípios, além do agregado para todo o país e para os seis biomas brasileiros. Os dados estão disponíveis para assentamentos, imóveis rurais e territórios tradicionais.  

— Ter dados confiáveis e cientificamente embasados ajudam o Brasil a entender sua conformidade ambiental, orientando políticas públicas, engajando a sociedade e apoiando produtores rurais no planejamento e gestão sustentável do seu imóvel — resumiu Gomes.

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