Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Pesquisa aponta desaceleração no ritmo do crescimento industrial

“Apesar do avanço verificado na comparação anual, há desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade instalada no segundo semestre de 2021”, detalha a CNI por meio do levantamento Indicadores Industriais divulgado na manhã desta sexta-feira, na sede nacional.

Sexta, 04 de Fevereiro de 2022 às 13:01, por: CdB

“Apesar do avanço verificado na comparação anual, há desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade instalada no segundo semestre de 2021”, detalha a CNI por meio do levantamento Indicadores Industriais divulgado na manhã desta sexta-feira, na sede nacional.

Por Redação, com ABr - de Brasília
A Confederação Nacional da Indústria destacou, em relatório divulgado nesta sexta-feira, que os recentes resultado positivos nos números da indústria tem, como base de comparação 2020, um ano atípico e com “desempenho excessivamente fraco” em decorrência da pandemia.
industria-1.jpg
A indústria vem crescendo abaixo de 1% nos últimos anos, constata a CNI
“Apesar do avanço verificado na comparação anual, há desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade instalada no segundo semestre de 2021”, detalha a CNI por meio do levantamento Indicadores Industriais. Os indicadores registram alta de 3,7% no faturamento da indústria de 2021, na comparação com 2020. Em dezembro, no entanto, esse indicador apresentou uma queda de 0,3% na série livre de efeitos sazonais. “Esse aumento se deve ao patamar elevado em que o faturamento começou o ano, uma vez que o indicador registrou quedas sucessivas ao longo dos meses”, explica a CNI.

Inflação

De acordo com o levantamento, em dezembro de 2021, o faturamento estava 7,5% abaixo do registrado no mesmo mês de 2020. No acumulado de 2021, o faturamento foi 5% menor do que o de fevereiro de 2020, antes da chegada da pandemia de covid-19 ao país, detalha o estudo. Ainda segundo os Indicadores Industriais, a massa salarial real e sobretudo o rendimento médio real, pressionados pela inflação, seguiram em queda na maior parte de 2021. Os indicadores divulgados nesta manhã fecham os dados obtidos ao longo do ano passado. O levantamento revela que os pontos que contribuíram para o recuo no segundo semestre vão além dos efeitos da persistência da pandemia de covid-19, abrangendo também “o desarranjo das cadeias de suprimentos, que contribuem para que a recuperação não se complete e para que se mantenha o contexto de incerteza e altos custos na indústria de transformação”.

Capacidade

— O resultado faz o enceramento do ano de 2021. Na comparação, temos resultados positivos na comparação com 2020. Mas é preciso lembrar que 2020 foi um ano muito difícil para a indústria, que praticamente parou por dois meses durante aquele ano, por conta da pandemia. Então essa comparação é feita com uma base muito baixa — acrescentou o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em entrevista a jornalistas. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,6 ponto percentual de novembro para dezembro de 2021. Tendo por base de comparação dezembro de 2020, o recuo registrado é de 0,7 ponto percentual. A CNI lembra que, em junho de 2021, esse indicador chegou a atingir o patamar de 82,3%, “ponto mais alto desde 2014”. No entanto, acabou entrando em uma “tendência de queda no segundo semestre, encerrando o ano em 79,6% em dezembro”.
Edições digital e impressa