Esta é a terceira mobilização nos aeroportos da Itália depois das realizadas em junho e julho passados. Entre as reivindicações, os comissários também exigem melhores condições de trabalho e reajuste financeiro do vale refeição.
Por Redação, com ANSA - de Roma
A Itália registrou nesta sexta-feira uma greve nacional com duração de quatro horas no transporte aéreo, que já provocou o cancelamento de dezenas de voos em aeroportos do país.
A paralisação, que aconteceu das 13h às 17h (horário local), foi convocada pelos sindicatos dos transportes Filt-Cgil, Fit-Cisl, Uiltrasporti, Ugl Transporte Aéreo, Usb e Cub para defender a renovação do contrato nacional de trabalho que expirou no final de 2017.
A iniciativa afeta essencialmente os responsáveis pela carga e descarga de bagagens e outros serviços, como check-ins de passageiros.
Com duração inicial de 24 horas, a greve foi reduzida para quatro horas após decisão tomada pelo ministro de Infraestrutura e Transportes, Matteo Salvini. Com isso, a paralisação local dos transportes públicos, que também havia sido convocada pelos sindicatos do setor para esta sexta, foi adiada para 9 de outubro após a medida.
Esta é a terceira mobilização nos aeroportos da Itália depois das realizadas em junho e julho passados. Entre as reivindicações, os comissários também exigem melhores condições de trabalho e reajuste financeiro do vale refeição.
Voos cancelados
Desde o início do dia, a greve tem provocado transtornos em alguns aeroportos do país, Milão Linate e Malpensa, com ao menos 150 voos cancelados, de um total previsto de 850.
"Os trabalhadores, além de sofrerem os prejuízos da não renovação do contrato, que aguardavam há mais de seis anos, também sofreram o escárnio da ordem governamental que os impede de usar a greve para ajudar os empregadores a terem um arrependimento ativo", dizem os sindicatos.
Segundo a nota, "o governo, em vez de agradecer a quem, durante a pandemia e nas fases subsequentes de retomada, arriscaram a vida garantindo a continuidade dos serviços de assistência aeroportuária, instando as companhias aéreas a contribuírem para a resolução positiva do litígio, decidiu penalizar o elo mais fraco da cadeia de abastecimento aeroportuário, nomeadamente os trabalhadores".