De acordo com o Ministério da Defesa da Estônia, os exercícios são de extrema importância, já que tanto o país quanto seus aliados estão em alerta máximo desde o início da operação russa na Ucrânia.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
O jornal The Wall Street Journal apontou que uma delegação da Ucrânia participará dos exercícios de defesa cibernética Lockeed Shields, organizados pela Otan.
Os exercícios começaram na terça-feira na Estônia e o objectivo é os participantes agirem rapidamente contra possíveis ataques cibernéticos.
De acordo com o Ministério da Defesa da Estônia, os exercícios são de extrema importância, já que tanto o país quanto seus aliados estão em alerta máximo desde o início da operação russa na Ucrânia.
Enquanto isso, o chefe de Segurança Cibernética da Otan, Ian West, observou que as manobras elevarão o nível de comunicação sobre as ameaças tecnológicas existentes entre os aliados.
Além disso, a aliança pretende reforçar as capacidades ucranianas no setor de cibersegurança, o que já tem feito desde há tempos.
Alto funcionário do Pentágono se demite
Antes de Preston Dunlap, mais dois funcionários importantes do Departamento de Defesa se demitiram argumentando o mesmo: EUA precisam modernizar sua abordagem tecnológica para fazer frente a adversários.
Preston Dunlap, arquiteto-chefe da Força Espacial dos EUA (USSF, na sigla em inglês), deixou seu cargo segunda-feira alertando ao governo norte-americano de que os Estados Unidos estão ficando para trás e podem perder sua vantagem tecnológica para adversários como a China, segundo a FOX News.
Dunlap também justificou, ao anunciar sua retirada do cargo, que os militares costumavam se destacar em áreas como inteligência artificial, entretanto agora, o setor comercial está superando a comunidade de Defesa: "Estamos ficando para trás da base comercial em áreas-chave, então temos que nos recuperar", afirmou o alto funcionário citado pela Bloomberg.
– Estas (tecnologias) são acessíveis a qualquer pessoa com recursos acadêmicos e capacidades, e assim, nossos adversários podem ter acesso a ela (…). Eles também têm acesso a muitas de nossas capacidades de nossas empresas, então, o que devemos fazer, é garantir que possamos competir globalmente nessa escala tecnológica, mas também realmente nos adaptarmos e adotarmos as tecnologias de nossas próprias empresas e ecossistemas comerciais, o que temos a oportunidade de fazer em casa – disse Dunlap mencionado pela FOX.
Em sua visão, a operação especial militar russa na Ucrânia é um exemplo de como é pertinente que a Defesa norte-americana tenha acesso à tecnologia mais moderna possível.
– Certamente vemos que nos perigos da complacência com a invasão (operação militar) não provocada da Ucrânia pela Rússia, certamente não queremos ser colocados em nenhuma situação em que nossas tropas não tenham acesso à tecnologia mais moderna, sistemas de armas, dados ou inteligência artificial para poder garantir que podemos impedir conflitos que, se necessário, derrotam.
De acordo com a Bloomberg, Dunlap também declarou que o Pentágono, o qual ele apelidou de "a maior burocracia do mundo", precisava parar de se concentrar em guerras internas e reinventar a roda, trabalhando em conjunto para explorar o setor privado, defender o país e competir com a China.
– Ironicamente, enquanto escrevia isso (um texto publicado no LikedIn justificando seu pedido de demissão), recebi uma notificação de que as linhas telefônicas do suporte de TI do Pentágono estavam inoperantes. As linhas telefônicas estão inoperantes? É 2022, pessoal – escreveu.
Os comentários de Dunlap vêm depois que dois outros altos funcionários de tecnologia do Departamento de Defesa dos EUA se demitiram, David Spirk, diretor de dados do Departamento de Defesa e Michael Brown, diretor da Unidade de Inovação em Defesa, ambos também pediram ao Pentágono que modernize sua abordagem sobre tecnologia, relata a Bloomberg.