Clássico do cinema brasileiro, aclamado por reimaginar o mito de Orfeu nos morros cariocas, ganhou a Palma de Ouro, um dos prêmios de maior prestígio do cinema mundial.
Por Redação, com Vermelho – de São Paulo
Neste 15 de maio, o cinema brasileiro marca 65 anos desde que Orfeu Negro, dirigido por Marcel Camus, conquistou a Palma de Ouro no prestigiado Festival de Cannes. O filme, uma adaptação da peça Orfeu da Conceição de Vinicius de Moraes, é reconhecido por sua narrativa poética e trágica, que reimagina o mito grego de Orfeu e Eurídice no cenário vibrante dos morros cariocas durante o Carnaval.
Além do prêmio máximo em Cannes, Orfeu Negro é aclamado mundialmente, tendo impulsionado a popularidade da bossa nova. A trilha sonora, uma colaboração de ícones como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Luiz Bonfá e Antonio Maria, inclui clássicos como A Felicidade, Manhã de Carnaval e O Nosso Amor.
Rio de Janeiro
A trama central segue Orfeu, um motorista e músico do Rio de Janeiro, noivo de Mira, mas que se apaixona por Eurídice, uma visitante do vilarejo que chega à cidade para escapar de um perseguidor. O romance floresce em meio ao fervor do Carnaval, mas é tragicamente interrompido, levando Orfeu a uma jornada desesperada para reencontrar sua amada, mesmo nas sombras da morte.
O filme, lançado na França em 12 de junho de 1959, também é lembrado por suas cenas emblemáticas e por momentos de controvérsia, como críticas feitas pelo cineasta Jean-Luc Godard na revista Cahiers du Cinéma, onde apontava falhas no roteiro. Apesar disso, a obra permanece um clássico venerado, exemplificando a rica interseção entre cultura popular brasileira e cinema de arte global.