A força-tarefa do governo russo contra o coronavírus também registrou 40.443 novas infecções nas últimas 24 horas, incluindo 6.827 em Moscou. O aumento nos casos forçou as autoridades a imporem o fechamento de locais de trabalho em todo o país.
Por Redação, com Reuters e ANSA - de Moscou/Londres/Berlim
O número de mortes diárias por covid-19 na Rússia subiu para um recorde de 1.189 nesta quarta-feira, em meio a um aumento nos casos que forçou as autoridades a imporem o fechamento de locais de trabalho em todo o país.
A força-tarefa do governo russo contra o coronavírus também registrou 40.443 novas infecções nas últimas 24 horas, incluindo 6.827 em Moscou.
Pandemia no Reino Unido
A pandemia de covid-19 não acabou no Reino Unido e meses difíceis virão conforme o inverno no Hemisfério Norte se aproxima, disse o vice-chefe médico da Inglaterra, Jonathan Van-Tam, nesta quarta-feira.
– Muitas pessoas acreditam que a pandemia acabou. Pessoalmente, eu acredito que alguns meses difíceis estão por vir no inverno e a pandemia ainda não acabou – disse Van-Tam à TV BBC.
– O cuidado que as pessoas têm ou deixam de ter ao interagir umas com as outras: isso vai ser um grande determinante no que vai acontecer entre agora e os meses mais sombrios do inverno.
Alemanha tem 194 mortes
A Alemanha registrou 194 mortes por covid-19, no maior número em meses, informou o Instituto Robert Koch nesta quarta-feira. Conforme os dados oficiais do governo, são 4.598 óbitos registrados desde o início da crise sanitária.
Segundo o ministro da Saúde do país, Jens Spahn, há uma "pandemia de não vacinados" e é possível que sejam adotadas medidas restritivas para os que ainda não se imunizaram.
O titular da pasta ainda afirmou que será preciso seguir tanto o exemplo de Israel, que conseguiu baixar a curva de contágios ao acelerar a aplicação da terceira dose dos imunizantes, como da Itália, que vem fechando o cerco contra os não vacinados com a exigência ampla do certificado sanitário, o chamado "passe verde".
– Eu vivi pessoalmente isso em Roma. Por conta do G20, eu me dei conta de ter apresentado o meu certificado de vacinação mais vezes em um dia do que eu apresentei aqui (na Alemanha) em quatro semanas – ressaltou Spahn.
Na Itália, é obrigatória a apresentação do certificado para participar de eventos culturais, de lazer ou esportivos, bem como todos os trabalhadores, públicos ou privados, devem ter o documento em mãos. Além de registrar a vacinação, para quem se nega a tomar os imunizantes, é obrigatório ter testes recentes negativos para o coronavírus Sars-CoV-2 (de 48h ou 72h dependendo do teste) ou a comprovação de cura da doença nos últimos seis meses.
Para o ministro, a cultura do alemão de controlar os acessos com "base na confiança" de que as pessoas se vacinaram é usada "demais". "Se você controla isso de maneira coerente todos os dias, mas também com a imposição de multas, o sinal fica muito claro", acrescentou.
Quem também se manifestou foi o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, durante sua coletiva diária com a imprensa.
– Se a situação nos hospitais ficar mais grave, então serão possíveis novas limitações para os não vacinados. A pandemia está voltando com grande força e a situação em alguns hospitais começa a ficar grave. Isso é motivo de grande preocupação para a chanceler – ressaltou Seibert sem dar detalhes sobre quais medidas serão adotadas e quando começarão.
Apesar de 70% da população alemã estar vacinada, os números da campanha de imunização estão estagnados. Além disso, houve um afrouxamento das regras sanitárias e o consequente aumento das reuniões privadas e das viagens tanto pelo país como para outras nações europeias. Já a campanha da terceira dose para os idosos segue a passos lentos.