Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Novo telescópio espacial de raios X compartilha primeiras imagens do cosmos

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Quarta, 16 de Fevereiro de 2022 às 10:06, por: CdB

O Explorador de Polarimetria de Raios X em Imagem (IXPE, na sigla em inglês), resultado de um projeto entre a NASA e a Agência Espacial Italiana, concentrou-se em Cassiopeia A e já produziu suas primeiras imagens.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Projetado para observar o Universo de raios X distorcidos, o novo telescópico acaba de enviar seus primeiros dados de imagem.

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O novo telescópico acaba de enviar seus primeiros dados de imagem

O Explorador de Polarimetria de Raios X em Imagem (IXPE, na sigla em inglês), resultado de um projeto entre a NASA e a Agência Espacial Italiana, concentrou-se em Cassiopeia A e já produziu suas primeiras imagens.

Localizado a 11.000 anos-luz de distância, Cassiopeia A é remanescente em expansão de uma estrela que se acredita ter sido observada explodindo na década de 1690 e um dos objetos mais bem estudados da Via Láctea, tendo fornecido informações valiosas sobre supernovas.

O objeto emite luz em vários comprimentos de onda, incluindo rádio, óptico e, é claro, raios X, razão pela qual também foi alvo de outro observatório de raios X da NASA, o Chandra.

Segundo a Science Alert, as primeiras imagens do IXPE são históricas e nos mostram o objeto de uma maneira jamais vista antes.

– A imagem do IXPE de Cassiopeia A é tão histórica quanto a imagem do Chandra do mesmo remanescente de supernova – diz o astrônomo e investigador principal do IXPE Martin C. Weisskopf, do Centro de Voos Espaciais Marshall da NASA.

– Isso demonstra o potencial do IXPE para obter informações novas e nunca antes vistas sobre Cassiopeia A, que estão sob análise no momento – afirmou Weisskopf.

Antes de morrer, a estrela precursora era um objeto massivo que, ao ficar sem combustível, tornou-se instável, ejetando suas camadas externas e criando uma nuvem de material circunstelar. Quando a supernova finalmente aconteceu, a onda de choque não estava entrando no espaço limpo, mas em uma nuvem relativamente densa.

Os choques e campos magnéticos que emergem desse ambiente intenso podem criar síncrotrons que aceleram elétrons, gerando radiação X de alta energia.

Dados do Chandra

Ao combinar dados do Chandra com luz em outros comprimentos de onda, por exemplo, os astrônomos puderam mapear os diferentes elementos em Cassiopeia A que foram expelidos durante a explosão.

O IXPE foi projetado especificamente para estudar a forma como os raios X são polarizados. Quando a luz é emitida de uma fonte, suas ondas são orientadas em todas as direções. Quando essa luz encontra um meio, isso pode mudar.

A passagem pelo gás, por exemplo, pode absorver algumas orientações. Rebater coisas também pode alterar a orientação de alguns comprimentos de onda. Chamamos esse efeito de polarização.

Para um objeto como Cassiopeia A, dados detalhados de polarização vão nos dizer mais sobre o ambiente deste remanescente de supernova e revelar informações sobre como a luz está sendo absorvida e refletida, além de permitir observar o emaranhado de campos magnéticos produzidos por uma supernova.

– As futuras imagens de polarização do IXPE devem revelar os mecanismos no coração deste famoso acelerador cósmico – disse o astrônomo da Universidade de Stanford Roger Romani.

O telescópio

O telescópio, a partir de sua posição na órbita baixa da Terra, também vai sondar a polarização dos raios X de algumas das fontes mais energéticas da Via Láctea e do Universo mais amplo, o que inclui estrelas de nêutrons, pulsares, magnetares, buracos negros e galáxias quasares que brilham com algumas das luzes mais brilhantes do Universo.

Além disso, o IXPE também vai mapear a intensidade da luz, o tempo de chegada e sua posição no céu.

O astrônomo e pesquisador principal do IXPE Paolo Soffitta, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (INAF, na sigla em inglês), afirmou que além das imagens geradas serem belíssimas o corpo de pesquisadores está ansioso "para analisar os dados de polarimetria e aprender ainda mais sobre esse remanescente de supernova."

 
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