Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Noite de tensão na França, bombeiro morre em combate a incêndios

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Segunda, 03 de Julho de 2023 às 11:30, por: CdB

O governo francês voltou a mobilizar, no domingo, 45 mil agentes policiais para lidar com os protestos. Os tumultos duram quase uma semana. O presidente recebe hoje os presidentes do Senado e da Assembleia para tratar da violência nas ruas.


Por Redação, com RTP - de Paris


Um bombeiro de 24 anos morreu no combate a incêndios em veículos na França, informou o ministério do Interior nesta segunda-feira.


O governo francês voltou a mobilizar, no domingo, 45 mil agentes policiais para lidar com os protestos. Os tumultos duram quase uma semana. O presidente recebe hoje os presidentes do Senado e da Assembleia para tratar da violência nas ruas.




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Na última noite, 157 pessoas foram detidas

Segundo o ministro francês do Interior, o bombeiro morreu quando combatia o incêndio em um veículo na noite de ontem.


– Um jovem do Corpo de Bombeiros de Paris morreu, apesar da resposta rápida de sua equipe – escreveu Gérald Darmanin no Twitter, acrescentando que o incidente ocorreu no “parque de estacionamento subterrâneo”.


Segundo o Ministério do Interior, na última noite foram detidas 157 pessoas. Três policiais ficaram feridos nos confrontos.



Sexta noite de confrontos


O país voltou a registar confrontos na noite passada. Em Lyon, foi preciso usar gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de extrema-direita com cerca de uma centena de pessoas.


O presidente Emmanuel Macron deverá se reunir com os presidentes do Senado (câmara alta do Parlamento francês), Gérard Larcher, e da Assembleia Nacional (câmara baixa), Yaël Braun-Pivet.


Nesta terça-feira, Macron vai se reunir também com todos os presidentes de câmaras das cidades afetadas pelos confrontos.


Por outro lado, a primeira-ministra recebe os líderes dos grupos parlamentares.


Ontem, o presidente francês se encontrou à noite com vários ministros para avaliar a situação. Está prevista nova reunião dentro de 48 horas.



Histórico


A França vive quase uma semana de protestos violentos, motivados pela morte de Nahel, baleado terça-feira passada por um policial durante operação de trânsito. O Ministério Público disse que o jovem dirigia na faixa dos ônibus, quando recebeu ordem para parar e não obedeceu.


O governo francês voltou a mobilizar neste domingo 45 mil agentes policiais para conter os protestos. Em cinco noites, 5 mil viaturas foram incendiadas e quase mil edifícios públicos foram vandalizados.


Entre os incidentes registrados está o ataque à residência de Vincent Jeanbrun, presidente da Câmara de L'Haÿ les Roses, uma pequena cidade da região parisiense. O ataque ocorreu na noite de sábado.


Manifestantes arrombaram o portão da casa com um carro em chamas. A mulher e um dos filhos ficaram feridos ao tentar escapar dos agressores.


Jeanbrun denunciou a “tentativa de assassinato indescritível e covarde”. Uma investigação já foi aberta por tentativa de homicídio.


A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, foi ao local expressar a solidariedade do governo.


Elisabeth garantiu que o governo francês será mobilizado até a retomada da ordem e “não vai deixar passar nenhuma violência" impune.



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