Os sindicatos, que defendem a destinação de mais recursos para saúde e educação, redução de impostos para trabalhadores e aumento de aposentadorias, decidiram paralisar.
Por Redação, com ANSA – de Roma
A Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil) e a União Italiana do Trabalho (UIL) realizaram nesta sexta-feira uma greve geral contra o projeto de Lei Orçamentária do governo da premiê Giorgia Meloni para 2025.
Os sindicatos, que defendem a destinação de mais recursos para saúde e educação, redução de impostos para trabalhadores e aumento de aposentadorias, decidiram paralisar por oito horas todas as atividades em setores públicos e privados, com exceção dos transportes coletivos, cuja suspensão foi de quatro horas.
Além disso, os grevistas organizaram mobilizações em mais de 40 cidades em todo o território nacional para se posicionar contra “as escolhas injustas e equivocadas do governo”.
Florença
Somente em Florença, capital da Toscana, a manifestação “reuniu mais de 70 mil pessoas”, segundo os diretores da Cgil e UIL na região, Rossano Rossi e Paolo Fantappiè, respectivamente.
Já em Cagliari, na Sardenha, a paralisação dos transportes recebeu 70% de adesão.
– Queremos virar este país do avesso e, para isso, precisamos da participação de todas as pessoas. A revolta social, para nós, significa que cada um de nós não deve dar as costas às injustiças, pelo contrário: deve-se ter em mente que o meu problema é problema de todos e que só trabalhando em conjunto poderemos mudar esta situação – afirmou o líder da Cgil, Maurizio Landini, em Bolonha.
No último dia 11 de novembro, representantes da Cgli e da UIL se reuniram com Meloni, mas não houve acordo para evitar a greve. “Na democracia, os sindicatos podem organizar greves, mas também somos livres para dizer que há muita política e pouca economia”, disse o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.